Luiz Marinho, PT, prefeito de São Bernardo do Campo, deu um ultimato à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), ontem, segunda-feira (16/3), para a solução dos problemas de água e esgoto na cidade e melhoria na qualidade do atendimento. O chefe do Executivo esteve reunido em seu gabinete com o diretor da Sabesp, Paulo Massato Yoshimoto, que esteve acompanhado de técnicos da companhia para informar o andamento dos serviços prestados ao município.
O prefeito foi enfático ao dizer que quer o problema de falta de água na cidade resolvido e pediu mais agilidade no serviço de reparo dos buracos abertos em ruas e calçadas, reclamação constante dos moradores. "Tem bairros que há mais de cinco anos a Prefeitura vem ajudando no abastecimento de água, por meio de caminhões-pipa. Essa situação não pode continuar, temos que ter uma solução definitiva o quanto antes", determinou.
Além do problema crônico de falta de água em bairros como Capelinha e Núcleo Santa Cruz, outra preocupação apresentada pelo prefeito foi a captação de esgoto em algumas regiões de São Bernardo. Os técnicos da Sabesp apresentaram soluções intermediárias para resolver o problema da coleta e tratamento de esgoto na cidade, como a construção da estação elevatória de esgoto no bairro Capelinha, que resolverá o problema da região do Riacho Grande. Eles também se comprometeram a fazer um estudo na cidade para resolver a captação de esgoto em bairros isolados.
O chefe do Executivo questionou, ainda, o porquê de bairros como o Demarchi, Assunção, Baeta Neves e Nova Petrópolis estarem com de falta de água ultimamente. Segundo os técnicos, o problema, que não é comum nesses bairros, tem sido causado pelo alto consumo de água em decorrência do calor, reduzindo a pressão da água, que não consegue chegar aos bairros mais altos. Eles também apresentaram como caminhos para ajudar a resolver os problemas na cidade o combate às perdas, como vazamentos, e o aumento da capacidade de captação de água.
Os representantes da companhia informaram que a capacidade do tratamento de água já ultrapassou o limite máximo, mas que já existem obras em andamento na cidade para ampliação da capacidade de atendimento. Já a construção da adutora na região da Vila Marchi/Alvarenga, está concluída e começará a funcionar a partir de abril. Com isso, até o final de maio o problema de falta de água deverá estar resolvido. Os técnicos também mencionaram o projeto de despoluição da represa Billings, firmado com a JICA, para tratamento de esgoto na região do Alvarenga, e que está em discussão com a Prefeitura.
