Sem patrocínio desde o ano passado, quando expirou o contrato com a Medial Saúde, o Corinthians atrasou os pagamentos de direitos de imagem de jogadores no início de 2009. O presidente Andrés Sanchez ainda reclama constantemente de falta de dinheiro, porém o problema não preocupa o diretor de futebol Mário Gobbi.
"Estávamos apertados antes do acerto com a Nike. Hoje, temos o terceiro maior patrocínio de fornecimento de material esportivo de todo o mundo, atrás apenas do Barcelona e do Manchester United", orgulhou-se Gobbi.
O novo contrato da Nike com o Corinthians passará a valer a partir de janeiro de 2010, com duração de cinco anos, receita anual de R$ 16,5 milhões e mais 18% do valor de cada produto licenciado vendido ao clube.
Segundo o diretor de futebol, o elenco do Corinthians compreende a atual situação financeira. "Quando atrasamos algo, é na questão dos direitos de imagem. Mas tudo isso é conversado com o grupo de jogadores. Eles entendem que estamos buscando uma pérola de patrocínio", definiu Gobbi.
A demora para encontrar parceiros também influencia nos rendimentos do atacante Ronaldo, que ficará com 80% do que os anunciantes de mangas e calção do uniforme do Corinthians pagarem.
Para lucrar, o Corinthians vendeu espaços temporários em sua camisa no amistoso contra o Estudiantes e no clássico com o Palmeiras - também fez publicidade gratuita para a instituição beneficente AACD diante do São Paulo. Outro acordo de oportunidade estava alinhavado para o jogo contra o Santo André, porém a ausência de Ronaldo em campo desfez o negócio.
O presidente Andrés Sanchez prometeu anunciar os novos patrocinadores corintianos até a próxima semana. A rede de supermercados francesa Carrefour é uma das empresas cotadas para fechar contrato, provavelmente por mais de R$ 20 milhões.
"Estamos em busca de um patrocínio revolucionário, algo não feito em outras gestões, mas não é fácil. Se conseguirmos, será algo inédito. Caso contrário, pelo menos tentamos algo diferente. De qualquer forma, esperamos uma resposta nesta semana", comentou Mário Gobbi.