A propaganda eleitoral gratuita no rádio e TV tem influência direta sobre os cidadãos brasileiros, conforme o grau de politização de cada um. A avaliação é da professora do Departamento de Ciências Políticas da Universidade de São Paulo (USP), Elizabeth Balbachevsky.
"Ele cria um canal de informação simples e de fácil acesso com o eleitorado que tem relação mais periférica com a política. Esse eleitor ganha noções para poder decidir", comentou Elizabeth sobre o início da propaganda dos candidatos à eleições municipais de 2008 . "Para o eleitor militante, dá munição para que ele converse, discuta e passe à frente o programa de seu candidato", acrescentou.
Os blocos diários têm 30 minutos de duração nos veículos. No rádio das 7h às 7h30 e das 12h às 12h30; e na televisão das 13h às 13h30 e das 20h30 às 21h. Os postulantes aos cargos de prefeito ocuparão as emissoras nas segundas, quartas e sextas-feiras. Nas terças e quintas-feiras e nos sábados será a vez dos que pretendem assumir uma vaga nas Câmaras Municipais. Nos domingos não haverá propaganda. Além desses blocos, os candidatos a prefeito poderão dividir 30 minutos diários em inserções de 15, 30 ou 60 segundos, veiculadas ao longo da programação, entre as 8h e a meia-noite.
A campanha no rádio e na TV encerra em dois de outubro, três dias antes do primeiro turno das eleições municipais. O candidato que veicular, nos seus programas, material ofensivo ou declarações de apoio de pessoas de partido ou coligação diferente da sua ficará sujeito a penalidades aplicadas pela Justiça Eleitoral.