O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que pretende "evitar ao máximo" participar das eleições municipais de outubro. "Eleições, to fora", afirmou o presidente. Nesta semana, ele liberou seus ministros para subirem em palanques e fazerem campanhas em todos os Estados, mas impôs restrições à atuação de dois dos seus auxiliares mais próximos: a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.
De acordo com o presidente, sua atuação direta em alguns palanques de aliados poderia desequilibrar a disputa, uma vez que ele não poderia pedir votos para todos os candidatos de partidos aliados.
"Eu tenho muitos aliados disputando as eleições. Não vou me meter nisso porque o resultado é sempre assim: os que ganham acham que os méritos foram deles, e os que perdem depositam em mim suas derrotas porque eu fui apoiar o outro", explicou. "Então eu prefiro ficar distante", disse o presidente, que participou na tarde de hoje de almoço em homenagem ao primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, Patrick Manning.
"Vou evitar ao máximo possível participar das eleições municipais. Vou tentar fazer as minhas viagens e trabalhar dentro do Brasil e fora. Vou deixar as eleições mais para os partidos e para quem é candidato", declarou.