O afastamento do delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha, gerou divergências internas na Polícia Federal. De um lado, delegados que criticam o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, por ter censurado Queiroz e defendem uma punição ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. De outro, agentes da instituição que consideram a saída do delegado uma medida benéfica.
O presidente do sindicato dos delegados da PF em São Paulo, Amaury Portugal, disse que censurar Queiroz por ter buscado apoio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi um erro. "A direção deveria ter dado força ao policial, não repreendê-lo. Quando fez isso, só contribuiu para um desgaste maior da polícia. Entendemos que a instituição saiu enfraquecida desse caso", afirmou.
Em contrapartida, os agentes representados pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) consideram que Queiroz desrespeitou a classe ao preferir técnicos da Abin ao invés dos da PF para auxiliá-lo nas investigações.