São muitas as atribuições de um guarda civil municipal em São Bernardo. Eles estão nos parques, nas escolas, nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), motorizados ou a pé. Também há aqueles que trabalham na parte administrativa.
A atuação prioritária de um guarda civil municipal é a vigilância diurna e noturna dos bens de uso comum do povo: escolas, unidades de saúde municipais, vias públicas, praças, parques, jardins e quaisquer outros locais abertos à utilização pública em geral. Em resumo, fazem a proteção de bens, serviços e instalações públicas, e atuam na defesa do meio ambiente.
Nas escolas, por exemplo, existe a ronda escolar. Das 7h às 19h, eles circulam por diversos bairros em que há escolas, levando segurança a alunos, pais e professores. Há aqueles que ficam fixos nas escolas, organizando a entrada e saída dos alunos e ajudando-os a atravessar as ruas.
Nas UBSs, ajudam a estabelecer a ordem, caso alguém se torne inconveniente, por exemplo, buscando sempre acalmar os nervos de pacientes e acompanhantes que, muitas vezes estressados, acabam criando confusão. Também auxiliam na locomoção de pessoas feridas que chegam ao local.
Nos parques, além de ajudar a estabelecer a ordem, levam segurança aos freqüentadores e cuidam do patrimônio público. “O guarda civil municipal tem como principal função a proteção dos bens, serviços e instalações municipais”, diz o comandante da GCM (Guarda Civil Municipal), coronel Antônio Branco. Ele lembrou ainda que os guardas fazem a ronda motorizada em todos os bairros e postos da Prefeitura, além de fiscalizar as diversões públicas.
Grandes eventos também contam com um efetivo da Guarda Civil Municipal. O comando da corporação é comunicado do evento e planeja o policiamento, muitas vezes junto às polícias civil e militar. Delibera a função de cada um e distribui o número necessário de guardas e os meios de policiamento – tipo de armamento e se é com viatura ou não, por exemplo.
A Guarda Civil Municipal de São Bernardo funciona 24 horas e conta com 600 GCMs, 22 motos e 64 viaturas. O novo telefone da corporação, que mudou neste mês, é 4126-2800.
Credibilidade – Os GCMs Alexandre, 32 anos, há oito anos na Guarda, e Rosângela, 27, há quatro na corporação, fazem a vigilância do Parque Cidade de São Bernardo Raphael Lazzuri, na avenida Kennedy. “As pessoas que freqüentam o parque já conhecem a gente pelo nome. Elas elogiam o nosso trabalho”, disse Alexandre.
Quando chegam ao parque, às 6h, um fica na portaria e o outro faz a ronda para verificar se está tudo em ordem. A portaria, segundo eles, nunca pode ficar sem um GCM.
O que Alexandre mais gosta em seu trabalho é o contato com as pessoas. “Por mais simples que a função possa parecer, a gente é importante para as pessoas.” O guarda conta que as pessoas que passam na rua, que estão indo trabalhar, têm segurança em vê-los ali na portaria. “Eles passam e cumprimentam a gente. Tem até uma criança que passa com o pai de bicicleta todos os dias e diz “bom dia, senhor”. O retorno é muito bom”, afirmou.
A GCM Rosângela também acha gratificante esse contato com o público. “As pessoas querem pegar na nossa mão, falar com a gente. É importante nós passarmos essa segurança, tira o mito da farda”, afirmou. Ela contou que, com sua profissão, aprende-se uma lição de vida e a ser um cidadão melhor. “Há pessoas que vêm até desabafar com a gente. E a experiência de cada um é uma lição de vida.”
Segurança – A estudante Marta França, 10 anos, acha que é bom ter um guarda civil municipal na sua escola, a Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Edson Danillo Dotto, no Parque Selecta. “Dá segurança”, disse Milena.
A colega de escola de Marta, Daniele Stéfani Ferreira, também de 10 anos, igualmente tocou no ponto segurança como sendo um fator importante na presença do GCM. Já Milena Ferreira Santana, também de 10 anos, acha “legal” pelo fato de o GCM ajudar as crianças a atravessar a rua.
O GCM Marcelo de Souza, 30 anos, há quatro na corporação e há três e meio fazendo a segurança da escola, disse que um dos resultados que notou com a presença de um GCM foi a mudança de comportamento das pessoas que vão buscar os alunos nas escolas. “Antes paravam o carro em fila dupla, ou na horizontal. Agora param em 45°, o que facilita, pois proporciona mais lugares”, disse.
O GCM também contou que os pais sentem-se mais seguros com a presença de um GCM na escola, e que o mais gratificante é o reconhecimento da comunidade. “Eles já conhecem a gente pelo nome. A gente aprende que se nós respeitamos, as pessoas nos respeitam também”, completou Souza.