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A Polícia Federal identificou que o suposto dossiê sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi repassado ao ex-funcionário da Casa Civil José Aparecido Nunes Pires, suspeito de vazar os dados sigilosos, por outro servidor do órgão. Uma pessoa próxima à PF, que acompanha as investigações, afirmou que se trata de um funcionário da Casa Civil que integrava o grupo de trabalho criado para construir uma planilha (banco de dados) com gastos do governo Lula e de gestões anteriores.
Uma sindicância da Casa Civil apontou o então secretário de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Pires, como o responsável pelo vazamento dos dados sigilosos sobre gastos do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Segundo as investigações, ele trocou e-mails com André Fernandes, assessor do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), anexando o suposto dossiê às mensagens. Pires confirmou a troca de e-mails, mas negou ter enviado o arquivo.
A PF investiga agora se este servidor sabia que estava repassando o suposto dossiê e investiga ainda se o funcionário tinha conhecimento de que aquelas informações seriam vazadas a terceiros, no caso para André Fernandes, assessor do senador Alvaro Dias (PSDB-PR).
A Justiça Federal concedeu hoje cópia do inquérito do suposto dossiê para o advogado de defesa de Pires, Luis Maximiliano Telesca. O ex-secretário da Casa Civil prestará depoimento amanhã ao delegado Sérgio Menezes, que preside inquérito.
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