A assessoria da Justiça Federal informou, nesta quinta-feira, que o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira, acusado de participar do suposto esquema do mensalão, assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, segundo a Justiça Federal, ele não prestará mais depoimento na tarde de hoje em São Paulo, como estava previsto.
Com o acordo, Pereira terá que fazer uma carga horária equivalente a três anos de serviço comunitário e se apresentar mensalmente perante um juiz, além de informar a Justiça sobre viagens longas ou para fora do País.
"Fiz 24 anos de trabalho voluntário. Não vai ser agora que isso vai me derrubar", disse Pereira na saída da 2ª Vara Criminal Federal. "Agora eu espero que vocês (jornalistas) me deixem em paz um pouco porque eu já sou notícia velha", completou.
O ex-secretário-geral do PT disse não ter vontade de voltar à vida partidária no momento. "Não tenho nenhum entusiasmo para voltar a participar da vida partidária hoje", afirmou.
No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia de formação de quadrilha contra o ex-secretário-geral do PT. Entretanto, o petista se livrou da denúncia por corrupção ativa.
Para suspender o processo, o procurador se valeu da figura da transação penal que prevê essa possibilidade quando o réu responde por um crime cuja pena mínima é de até um ano. Segundo a denúncia do procurador-geral da República, Pereira "atuava nos bastidores do governo, negociando as indicações políticas espúrias que proporcionavam o desvio de recursos em prol de parlamentares, partidos políticos e particulares".
Dirceu
O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, já chegou ao Fórum Criminal Federal da 2ª Vara, em São Paulo, para a primeira audiência do processo sobre o suposto esquema do mensalão. Dirceu é réu no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
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