O Museu de Arte de São Paulo (Masp) foi assaltado na madrugada desta quinta-feira. Os ladrões arrombaram o portão principal do museu usando um macaco hidráulico, que ainda não foi removido do local. De acordo com a assessoria do Masp, o roubo levou 3 minutos, das 5h09 às 5h12. O roubo foi gravado pelo circuito interno de TV.
Duas obras importantes do acervo O Lavrador de Café, de Portinari, e O Retrato de Suzanne Bloch, de Picasso, foram furtadas. O valor das duas obras juntas é avaliado em US$ 100 milhões. As obras pertencem ao acervo permanente do Masp e estavam no segundo andar do prédio, distantes uma da outra.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, três homens invadiram o local durante a madrugada. Integrantes da perícia técnica da polícia de São Paulo permaneciam no local por volta das 11h.
Segundo a perícia, os quadros foram levados com a moldura. No local, a polícia recolheu um macaco hidráulico e um pé de cabra esquecidos pelos ladrões.
Nos próximos, dias o museu deve ficar fechado para a conclusão das investigações. Na frente do prédio, foram colocados cartazes dizendo: "Atenção! Em virtude de problemas técnicos, hoje, 20/12/2007, o Masp permanecerá fechado à visitação pública."
O caso foi registrado no 78º Distrito Policial (DP). De acordo com a Globonews, um vigilante que prestou depoimento nesta manhã afirmou que não viu nada. Ele disse que estava no subsolo do museu, na entrada e saída de funcionários.
Veja nota divulgada pelo Masp:
O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP informa que na madrugada deste dia 20 de dezembro foi vítima de ação criminosa caracterizada por arrombamento de instalações e furto de duas obras de seu acervo: O lavrador de café (1939, óleo sobre tela, 100 x 81cm), de Candido Portinari (1903-1962), e Retrato de Suzanne Bloch (1904, óleo sobre tela, 65 x 54cm), de Pablo Picasso (1881-1973), ilustradas nas imagens anexas.
As obras estavam em exibição no 2º andar, em salas separadas e distantes, caracterizando, portanto, alvos específicos da ação. As câmeras gravaram a ação dos ladrões e as fitas foram entregues à polícia.
Ao longo dos seus 60 anos de atividades ininterruptas o MASP nunca sofreu uma ocorrência desta natureza, razão pela qual foi instaurada uma sindicância interna visando, inclusive, a total colaboração com o trabalho policial.
Ações semelhantes, infelizmente, têm ocorrido não só em grandes museus do mundo como também nos brasileiros, razão pela qual o MASP está acionando, além de nossa polícia local, a Interpol, Polícia Federal e o Itamaraty para as providências devidas.
Hoje o MASP estará fechado e assim permanecerá até a finalização da perícia policial. A investigação corre em sigilo e, diante da confiança do MASP no trabalho das autoridades policiais, a Direção do Museu não fornecerá quaisquer informações para não prejudicar o andamento dos trabalhos.
São Paulo, 20 de Dezembro de 2007.
Fernando Pinho
Superintendente Administrativo e Financeiro
Masp - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
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