O líder do Democratas no Senado Federal, José Agripino Maia (RN), admitiu nesta sexta-feira que está negociando o retorno ao partido do senador baiano César Borges, que trocou a legenda pelo PR. "Minha visão é a do diálogo e não a visão da imposição. O partido deve fazer como eu estou fazendo com César Borges (BA)", comentou, ressaltando que "deseja" a volta do parlamentar ao Democratas.
Maia mostrou ponderação ao defender que o partido deve reaver os mandatos dos infiéis. Para ele, a legenda não pode abrir mão do direito assegurado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas, ao mesmo tempo, não deve impor uma condição aos parlamentares.
Segundo ele, será necessária habilidade dos partidos para dialogarem com os titulares de mandato que deixaram as legendas originárias. "O Direito é para ser respeitado, é um direito do partido. Mas tem que haver equilíbrio. Não se pode recuperar fazendo com que o parlamentar venha forçado, o caminho é o do diálogo, isso é o que recomenda a atitude prudente", destacou o senador.
O senador negou que o Democratas já tenha definido por uma disputa judicial para reconquistar os mandados. José Agripino afirma que a decisão do partido para entrar ou não na acontecerá apenas na próxima quinta-feira, com reunião da executiva nacional.
CPMF
O líder do Democratas criticou o governo por estar tentando cooptar parlamentares da oposição para aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF). Para ele, o Executivo tem tanta dificuldade em aprovar a CPMF que negocia com o PSDB.
"Mas acho que a questão do PSDB não será fechada. Pelo PSDB só quem fala é o próprio partido, mas digo que minha intuição é que o governo não fechará com o PSDB", disse.
O parlamentar negou que a possível adesão do PSDB à prorrogação deixaria o Democratas isolado na oposição. "De jeito nenhum. O Democratas está ao lado da população. Ficaremos como estamos, junto do desejo da população", ressaltou.
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