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Luiz Carlos Barreto, produtor do longa, esteve essa semana no Ministério da Justiça, em Brasília, para conversar com o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior. O cineasta foi tentar baixar a censura da obra de 16 para 14 anos do filme O Homem Que Desafiou o Diabo.
O Ministério alega que a produção tem cenas de nudez e violência. Para o produtor, contudo, ¿"rata-se de um filme de fantasia". O secretário deve dar uma posição até a próxima segunda-feira. Barreto não vê com bons olhos o que chama de "nova censura" ao cinema brasileiro, ainda que o governo use o termo "classificação indicativa".
"Eu não vejo nada mais predatório, por exemplo, do que a publicidade. O horário comercial da TV obriga a população a consumir o que não quer e não tem condições financeiras", opina.
O produtor teve acesso ao texto com as novas regras de classificação, de quase 100 páginas. Comenta-se à boca miúda que o manual, concebido na gestão do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, é barra-pesada. Para se ter uma idéia, fala-se até em enquadramento. "E na época da concepção do manual, a participação da sociedade foi pouca", reclama.
Barreto acredita que, assim como na publicidade, o cinema deve ser auto-regulamentado e "o Estado deve ficar fora disso". "O cidadão deve ter o direito de escolha", opina ele. E conclui: "Se esse manual for seguido à risca, ainda vai dar muita dor de cabeça à Presidência. É um tiro no pé!".
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