O corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (Democratas-SP), afirmou nesta segunda-feira que a situação nesse início da semana decisiva para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não é boa para o peemedebista. "O clima não é bom, o clima é de cassação", disse o senador Tuma.
O julgamento do processo que investiga se o senador usou um lobista para pagar suas contas pessoais está marcado para acontecer na próxima quarta-feira, às 11h. Ainda na opinião do corregedor, é difícil de os parlamentares fugirem do relatório de Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES), que apresenta conclusões "contundentes" sobre a quebra de decoro de Calheiros.
A afirmação do corregedor da Casa acontece no mesmo momento em que os parlamentares ocupam a tribuna do Plenário para discursarem sobre a votação de quarta. A maioria usa o tempo para discutir sobre a votação aberta ou fechada.
"Não ajuda a construir o Brasil fazer uma sessão escondida, porque a sessão não é secreta. Secreta seria se ninguém soubesse que ela estava acontecendo. Todo mundo sabe que ela está acontecendo. É pior, é mais grave, é escondida. Como fazíamos alguns de nós, durante a clandestinidade, para evitar que entrasse a polícia, agora fazemos na clandestinidade para impedir que entre a opinião pública", afirmou o senador Cristóvam Buarque (PDT-DF).
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) concorda com Buarque. "A sessão secreta possibilita a encenação, a falsidade, sobretudo quando há a contradição de, no Conselho de Ética, o voto ser aberto e, no Plenário do Senado Federal, que é o julgamento final, o voto ser secreto. Obviamente, quando há o desejo da encenação ou da falsidade, é possível votar de uma forma no Conselho de Ética e mudar na clandestinidade do voto", disse no Plenário.
|