Lula é 'contrapeso relevante' a Chávez, diz jornal La Vanguardia

 

Politica - 13/08/2007 - 09:10:26

 

Lula é 'contrapeso relevante' a Chávez, diz jornal La Vanguardia

 

Da Redação com BBC Brasil

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, é, "por sorte, um contrapeso relevante" para "a onda populista que (o presidente venezuelano Hugo) Chávez alimenta", afirma artigo publicado na edição desta segunda-feira do jornal espanhol La Vanguardia. E isso "tanto do ponto de vista político, quanto econômico", afirma o jornal. O artigo diz que Chávez busca "ganhar terreno internacional" em acordos assinados no giro sul-americano que fez na semana passada, enquanto "divulga suas mensagens ideológicas embasadas em antiimperialismo e nas receitas antineoliberais". "Apesar de o nível de vida e as liberdades dos venezuelanos não pararem de retroceder, Chávez entrega seus recursos no exterior em troca de pactos que lhe permitam incrementar sua preponderante influência na região", diz o Vanguardia. Segundo o artigo, "para a população venezuelana os benefícios desta política são invisíveis", mas no exterior lhe rendeu frutos, aproximando-o de um novo aliado. "O petropopulismo de Chávez encontrou um inesperado novo sócio no dirigente argentino (Néstor) Kirchner, que se distancia, assim, do bloco mais moderado de centro-esquerda que o Brasil do presidente Lula encabeça e a que subscrevem também Chile e Peru." Segundo o Vanguardia, "uma parte importante da sociedade argentina vê com preocupação" esta entrada no "bloco chavista, especializado em criticar e penalizar os investimentos estrangeiros na zona, em especial os espanhóis". E o jornal da Espanha acrescenta que Chávez inclusive "converteu em propagandista do regime bolivariano" a mulher de Kirchner, Cristina Fernández, que é candidata à Presidência nas próximas eleições, em outubro. Médio prazo O modelo não é sustentável, contudo, diz o Vanguardia. "As receitas populistas, no médio e longo prazo, não trarão nada de bom para a Venezuela, em primeiro lugar, nem para a Bolívia, nem Equador, agora, tampouco para a Argentina." Segundo o diário espanhol, "o dinheiro do petróleo não pode sustentar indefinidamente uma situação como a atual. Está demonstrado que o excesso de intervencionismo do Estado na economia, as nacionalizações, o enfraquecimento das regras do mercado e a insegurança jurídica que todo ele comporta gerarão um clima de desconfiança tal para os investimentos, tanto nacional quanto estrangeiro, que podem criar sérios problemas para estes países". Já o modelo brasileiro "respeita as regras internacionais do jogo", considera o jornal.

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