CORRETO, MAS IMORAL?

 

Opinião - 02/12/2022 - 00:41:22

 

CORRETO, MAS IMORAL?

 

Vicente Barone * .

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Vicente Barone

Vicente Barone

A primeira-dama de Santo André, Ana Carolina Serra, esposa do atual prefeito Paulo Serra, foi eleita no último pleito eleitoral para posição como Deputada Estadual na Assembleia Legislativa para o período de 2023 a 2027.

Entretanto, antes das eleições, ainda como responsável pelo Fundo de Solidariedade, Ana Serra era proprietária de lojas da marca Kopenhagen em São Bernardo e Santo André. Resolveu vendar a sua participação na empresa à esposa de conhecido empresário do lixo na cidade (Peralta).

Quando consultados o meio jurídico, todos foram unânimes em dizer que a venda não era ilegal, mas, com certeza, era imoral, pois as empresas do marido de Rosane Pirroncelli Peralta, Beto Peralta, possuia diversos contratos junto a prefeitura de Santo André.

O mais estranho é que mesmo quando questionada sobre o caso, Ana sequer responde. O prefeito de Santo André, Paulo Serra, também não enviou qualquer reposta a esse jornal.

Afinal o certo pode ser imoral?

De acordo com os especialistas que foram questionados, a resposta sempre foi sempre positiva.

A Kopenhagen chegou a entrar com ações contra a proprietária original, mas realizado acordo para que a ação não prosperasse.

Peralta é proprietário de outras lojas da Kopenhagen como pode ser notado em busca rápida nos meios digitais chegando a alguns milhões em 2021.
Eleita com um alto volume de votos em sua primeira investida em um cargo eletivo, Ana Serra, como publicamos em edição anterior do @HORA, teve uns dos maiores gastos na eleição de 2022.

[Ana Serra assumirá a vaga de Deputada Estadual no próximo ano, mas deve observar, primordialmente, pela lisura e clareza. Para a ação de deputados estaduais deve haver transparência nas atitudes e ações, mesmo antes de sua eleição.

A análise preliminar, a transferência das quotas da franqueada sem comunicação prévia à autora configura descumprimento da cláusula 3.1 e 3.3 do contrato de franquia”, diz trecho da ação movida pela Kopenhagen contra a Treze de Novembro.

* Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação, esteve à frente de diversas campanhas eleitorais como consultor político e de marketing, foi executivo de marketing em empresas nacionais e multinacionais, palestrante nacional e internacional para temas de marketing social, cultural, esportivo e de trasnporte coletivo, além de ministrar aulas como professor na área para 3º e 4º graus - www.barone.adm.br

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