Pouco depois de um ataque com mísseis russos deixar 20 mortos na cidade ucraniana de Kremenchuk em junho, Lev Gershenzon — ex-gerente da empresa de tecnologia russa Yandex — digitou o nome da cidade no mecanismo de busca da companhia para saber mais.
Ele ficou chocado com os resultados que apareceram.
"As fontes que apareciam no topo da página eram estranhas e obscuras", disse.
"Havia um blog de um autor desconhecido alegando que as informações sobre as vítimas eram falsas."
O Kremlin mantém um forte controle sobre a mídia do país, especialmente a TV, que glorifica a invasão da Ucrânia pela Rússia como uma missão de libertação e rejeita relatos de atrocidades, dando como falsos.
A internet na Rússia foi por muito tempo o principal espaço para fontes alternativas de informação, mas depois de dar início à guerra em fevereiro, o Kremlin lançou uma ofensiva contra a imprensa independente online.
A agência de direitos digitais Roskomsvoboda estima que, nos primeiros seis meses do conflito, cerca de 7 mil sites foram bloqueados na Rússia, incluindo os de grandes meios de comunicação independentes e grupos de direitos humanos.
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