Crimes de guerra, incluindo estupro, tortura e confinamento de crianças, foram cometidos em áreas da Ucrânia ocupadas pelos russos, disse o chefe de um órgão de investigação da ONU nesta sexta-feira (23).
A Ucrânia e seus aliados ocidentais alegam uma série de abusos de direitos por soldados russos desde a invasão de 24 de fevereiro, mas Moscou nega isso como uma campanha de difamação.
“Com base nas evidências reunidas pela Comissão, conclui-se que crimes de guerra foram cometidos na Ucrânia”, disse Erik Møse ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, com sede em Genebra, na Suíça.
Ele não especificou quem era o culpado, mas a Comissão de Inquérito Independente sobre a Ucrânia se concentrou em áreas anteriormente ocupadas por forças russas, como Kiev, Chernihiv, Kharkiv e Sumy.
Investigadores da Comissão, criada pelo Conselho de Direitos Humanos em março, visitaram 27 locais e entrevistaram mais de 150 vítimas e testemunhas.
Eles encontraram evidências de um grande número de execuções, incluindo corpos com as mãos amarradas, gargantas cortadas e tiros na cabeça, disse Møse.
Ele disse que os investigadores identificaram vítimas de violência sexual com idades entre quatro e 82 anos. Embora alguns soldados russos tenham usado a violência sexual como estratégia, a comissão “não estabeleceu nenhum padrão geral para esse efeito”, acrescentou Møse.
“Mundo Sombrio”
A Rússia nega ter atacado civis deliberadamente durante o que chama de “operação militar especial”.
A Rússia foi chamada a responder às alegações na reunião do Conselho, mas seu assento ficou vazio. Não houve reação oficial imediata de Moscou.
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