No primeiro fim de semana de setembro, Alex Manente, PPS, Julinho Fuzari, PPS e Toninho da Lanchonete, PT, estiveram no pós-balsa, para apoiar as atividades de ocupações irregulares em área de manancial.
Em encontro realizado em frente à UBS do bairro Santa Cruz, em São Bernardo, o deputado federal Alex Manente mais uma vez se posiciona ‘lado a lado’ com o Partido dos Trabalhadores. Nas eleições municipais de 2008 Alex apoiou Luiz Marinho, PT, e, inclusive, chegou a indicar nome para ocupar a Secretaria de Comunicações. No segundo turno das eleições de 2016 foi a vez do PT retribuir e apoiar Alex Manente.
Na manifestação do sábado que antecedeu ao feriado, os vereadores Toninho da Lanchonete, PT, Julinho Fuzari, PPS, e o deputado federal e presidente do PPS no Estado de São Paulo, Alex Manente, manifestaram apoio irrestrito os moradores que gritavam palavras de ordem contra as ações da prefeitura que teria impedido a entrada de caminhões com materiais de construção na região do pós-balsa. O deputado Luiz Fernando também manifestou seu apoio pelas redes sociais.
O protesto de algumas pessoas que estavam em frente à UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Santa Cruz, em São Bernardo, contra as ações da prefeitura para coibir as atividades ilegais de ocupação, foram orquestradas pela união do PT com o PPS.
A prefeitura de São Bernardo informou que vai intensificar a fiscalização do transporte irregular de materiais de construção civil que seriam destinados à ocupação irregular da área nos bairros Tatetos, Capivari, Santa Cruz, Taquacetuba e Curucutu.
“Aqueles que são moradores legítimos não terão problemas”, informou a prefeitura.
De acordo com a Promotoria de Meio Ambiente, 596 novos imóveis foram construídos na região desde 2013, período em que o PT administrava a cidade, o que promoveu uma forte degradação de toda a preservação ambiental.
Visando garantir o meio ambiente, a prefeitura e o ministério público uniram forças para coibir novas ocupações irregulares. Nesse sentido, o executivo municipal publicou decisão onde os transportes de materiais para a construção civil, com destino ao pós-balsa, estão sujeitos à fiscalização ambiental, tributária, trânsito e de respeito ao direito do consumidor. O horário para o transporte ficou limitado de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, pela balsa, e das 6h às 18h, pela entrada da Imigrantes, porém, em ambos os casos, o transporte será fiscalizado pela GCM (Guarda Civil Municipal) com o apoio da Secretaria de Gestão Ambiental e do Ministério Público.
O acesso à região com materiais de consumo, destinados aos moradores, como alimentos ou bens duráveis (geladeira, fogão, etc) estão liberados e não há qualquer necessidade de autorização, a não ser as normais de trânsito e fiscal, praxe para qualquer lugar do município.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o deputado federal Alex Manente chegou a acusar a prefeitura de estar impedindo a entrada de alimentos na região que, conforme foi verificado no local, não ocorreu em nenhum momento dentro do horário estipulado. O vereador de seu partido, PPS, Fuzari, também acusou a atitude da prefeitura de impedir o abastecimento. O fato verificado pela reportagem é que, nos horários liberados pela prefeitura, o transporte de bens de consumo para atender a população daquela região está completamente liberado e o que foi averiguado foi a fiscalização mais contundente nos transportes que carregavam materiais de construção civil como telhas, areia, cimento, tubos, etc.
A prefeitura informou que o acesso ao pós-balsa com materiais de construção civil só será liberado ao morador com autorização específica e, para ser obtida, o morador deverá se dirigir ao Serviço Atende Bem, antiga Rede Fácil, na Av. Araguaia, 265, Riacho Grande. O documento a ser obtido pelo morador é chamado de ‘Termo de Conformidade Ambiental’ e somente é autorizado quando acompanhado da documentação demonstrando que o morador é um ocupante regular da região.
Entre 31 de julho e 30 de agosto deste ano, o setor responsável para recepcionar as solicitações recebeu 45 pedidos, mas somente 29 foram considerados viáveis. De acordo com a prefeitura o morador regular não será prejudicado, mas deve entender que as medidas tomadas foram necessárias para moralizar e coibir o descaso e a ilegalidade que vinha sendo praticada a vários anos e que, erroneamente, estava recebendo o apoio de um deputado federal em uma ação que parecia ter um caráter político de extensão da campanha eleitoral que finalizou em 2016.
Incentivo à invasão continuou
Na última quarta-feira, 6, na Câmara Municipal, os vereadores do PT e Fuzari do PPS estavam ausentes na sessão que votou diversos temas importantes para o município. No plenário e do lado externo, público convocado pelos vereadores e que não possuem regularização de seus lotes na região do pós-balsa, como averiguado pela reportagem, ouviram os dicursos inflamados dos dois vereadores.
O que se ouvia com frequência eram ataques pessoais ao prefeito Orlando Morando e sua forma de gerir a cidade e, também, foram dirigidos ao presidente da Casa de Leis, o vereador Pery cartola.
Toninho da Lanchonete e Julinho Fuzari incitavam o povo que compareceu na Câmara Municipal
Histórico: Alex Manente e PT