Situado na divisa entre São Bernardo e Santo André, o Parque Chácara da Baronesa foi visitado na manhã de hoje (17/01) pelo o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, que pediu investimento estadual na construção de unidades habitacionais e desapropriação de cerca de 600 famílias residentes irregularmente no entorno do local. Desde sua reinauguração, em 2014, o espaço vem sofrendo sucessivas invasões, tornando-se alvo de reclamação de frequentadores e vizinhança.
De acordo com o prefeito, a remoção das moradias tem como objetivo “devolver” o espaço de lazer ao público e oferecer melhores condições de vida às famílias, já que o terreno invadido é classificado como área de risco 3 e oferece perigo “alto” aos moradores instalados. “A contratação de uma empresa de vigilantes garantiu a retirada de usuários de drogas, mas sem dúvida a grande solução para o parque é buscar um programa habitacional que traga conforto e dignidade para as pessoas que ocupam esse espaço”, destacou o prefeito.
Na oportunidade, Morando também propôs abrir diálogo entre a prefeituras de São Bernardo e Santo André com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) para concessão de terrenos, cujo objetivo é abrigar famílias desamparadas. “Qualquer ação depende do governo do Estado, as prefeituras são órgão auxiliares. Podemos eventualmente apoiar com os terrenos”, disse.
A agenda foi realizada em conjunto com o prefeito de Santo André, Paulo Serra, e o chefe da pasta de Meio Ambiente do governo estadual, Ricardo Salles. O secretário destacou o trabalho conjunto realizado entre prefeituras e Estado e se comprometeu a buscar soluções para o parque junto ao chefe estadual de Habitação, Rodrigo Garcia.
Salles também citou recurso de R$ 7 milhões retido judicialmente, que poderá ser destravado para ações no entorno do parque. “Precisamos apenas mostrar ao Tribunal de Justiça (TJ-SP) a finalidade que vamos dar a esse recurso, que será a recomposição da área que foi invadida”, destacou. “Em primeiro lugar, vamos trazer melhorias ao entorno que não está adequado. O parque sofre por consequência disso”, completou.