Presente de Grego: Piscinão do Paço pode custar mais R$ 111 milhões
O Piscinão do Paço Municipal de São Bernardo deverá custar mais R$ 111 milhões para ser concluído, de acordo com o Consórcio Centro Seco formado pela OAS e Serveng Civilsan.
A obra do grande reservatório (inclui galerias de captação) foi estimada em cerca de R$ 297 milhões, mas com o novo pedido de mais verba, R$ 111 milhões, o custo total da obra poderá chegar a cerca de R$ 408 milhões.
O crescimento de mais 37,5% para a conclusão da obra não foi especificado.
O ex-prefeito Luiz Marinho, PT, havia dito no final do ano passado que a obra seria concluída até 20 de março de 2017 e, de acordo com ele, seriam necessários mais R$ 50 milhões para a conclusão da obra. Orlando Morando identificou um ofício do Consórcio Centro Seco cobrando pagamento em aberto na ordem de R$ 64 milhões que não foram pagos por Luiz Marinho antes de deixar a cadeira no Paço.
Pode-se supor, portanto, que o valor em aberto mais os R$ 50 milhões ditos por Luiz Marinho somariam o valor necessário para a conclusão das obras.
Marinho, quando ainda era prefeito, chegou a dizer que o governo do estado havia prometido repassar R$ 50 milhões para a conclusão, entre 2015 e 2016, para a instalação da cobertura do reservatório na frente do Paço Municipal.
De acordo com Luiz Marinho, o governador Geraldo Alckmin nunca repassou os R$ 50 milhões prometidos para a conclusão da cobertura. Em resposta às acusações do petista, o governo do Estado afirmou que a verba não foi enviada devido a problemas legais com o Cadin (Cadastro Informativo dos Créditos Não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais) que apontam que a Prefeitura de São Bernardo estaria com problemas de regularização.
Outros R$ 57 milhões deveriam vir do Ministério das Cidades, mas de acordo com Marinho o valor nunca foi repassado.Contudo, o Ministério das Cidades informou que existe conta vinculada com um valor de r$ 14,8 milhões e que o valor poderia ser utilizadode acordo com as medições e andamento da obra. A verba do Ministério das Cidades seria utilizada na conclusão das galerias.
Orlando Morando que assumiu o Paço dia 1º de janeiro disse estranhar a necessidade das galerias. “O Paço não precisa de galerias, a água desce por gravidade. Galerias externas seriam muito mais baratas”, disse o atual prefeito. “Não faz nenhum sentido ter um túnel de 6,2 metros de diâmetro”, finalizou.
Orlando Morando afirmou que a obra não vai parar porque ainda existem pontos do contrato não consumidos, mas que depois de finalizado os itens em aberto, não haverá possibilidade de dar continuidade. "Iremos buscar recursos do governo federal pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do governo estadual", disse Morando.
“O que fizeram é um desrespeito ao dinheiro público”, disparou o tucano.