O deputado estadual Orlando Morando, PSDB, candidato à prefeito em São Bernardo do Campo no pleito de 2016, disse que é preciso resgatar as empresas e os empregos que deixaram a cidade, além de gerar novas oportunidades para que novas empresas venham para se instalarem no município e, para isso, será necessário rever a política de impostos que, desde o final de 2014, foi majorada a cesta de impostos pelo prefeito do PT, Luiz Marinho.
“Vamos mapear áreas para instalações de firmas e, se for o caso, até mesmo descontar o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para que possamos retomar a atividade econômica de São Bernardo. Precisamos devolver a vocação de São Bernardo como cidade do trabalho”, disse o candidato Orlando Morando do PSDB.
O maior aumento de impostos recaiu sobre o ISS (Imposto Sobre Serviço), que foi majorado por Marinho, PT, de 2% para 5%.
Para Morando o êxodo das empresas está intimamente ligada à política fiscal e aos problemas de gestão do governo petista de Luiz Marinho.
“A saída de empresas impacta diretamente em toda a cadeia da economia, porque a grande montadora deixa de pedir peças às prestadoras de serviço, que demitem. Esses funcionários demitidos deixam, por sua vez, de usar o comércio. Precisamos interromper esse ciclo”, disse Orlando.
“Uma de nossas metas é a construção de uma escola técnica municipal que mantenha em seu currículo cursos baseados na demanda das empresas”, complementa o tucano.
Orlando afirmou que vai instalar a 'controladoria interna informatizada' que permitirá analisar e conter os gastos da máquina pública. De acordo com o tucano, o software de acompanhamento real das despesas de cada unidade de custo. “Vou poder saber se uma escola tem despendido mais com água e luz, por exemplo, e coibir o desperdício”, disse.
Orlando quer conter gastos desnecessários e o inchaço da máquina com cargos comissionados. Inicialmente o candidato tucano quer abolir o uso de carros oficiais pelo prefeito, vice e secretários “gerando economia de R$ 7 milhões ao ano, mais os salários dos motoristas”.
“O Marinho elevou de 15 para 24 o número de secretarias, isso sem contar autarquias, e subiu de 700 para 1.170 o número de funcionários comissionados. Vamos retomar ao patamar que estavam, com a máquina mais enxuta e auditoria externa nos contratos”, disse Orlando.
Especialistas dizem que extinguir o uso de carros públicos não seria uma boa medida, pois aumentaria as despesas com 'ajuda de custo' para os cargos visados. Para os técnicos a melhor saída era que os cargos executivos viessem e voltassem do local de trabalho com seus veículos, como qualquer funcionário e, durante o expediente, utilizassem veículos oficiais. Para eles a redução ocorreria dentro de patamares administráveis. Ainda, para os técnicos consultados, o uso de motorista deveria ficar restrito aos cargos de prefeito e vice, sendo que os secretários deveriam dirigir os veículos disponibilizados nas respectivas secretarias em forma de 'pool', ou seja, um compartilhamento gerenciado por empresa terceirizada. "Não há a necessidade de haver centenas de veículos disponíveis 100% do tempo. Muitos ficam parados por muitas horas sem uso nos pátios. Com um sistema de compartilhamento é possível ter menos veículos sendo usados de forma mais equilibrada e sem ociosidade", afirma Vicente Barone.
Para Barone, outra forma de redução de custos seria em tempo de gestão, ou seja, tornar todos os processos digitais e com sua manutenção em 'nuvem'. "Com um processo de 'cloud computing' teríamos uma redução gigantesca na administração de documentos e armazenagem, além da aceleração nas decisões e despachos. Tome como exemplo um processo que deve passar por parecer de três secretarias diferentes com diversos setores envolvidos, se isso for feito fisicamente, o processo pode demorar dias, semanas, meses e até anos, mas se o processo for digital, o tempo reduzido gera ganhos e redução de despesas. Outro fator a ser levado em consideração e com a segurança pois, um processo físico pode 'sumir ou ser alterado', mas com sua armazenagem em 'nuvem', qualquer alteração gera um documento de 'backup' com dia, hora e a assinatura digital de quem autorizou a alteração", afirma Barone.
"Desenvolvemos diversos projetos de gestão para empresas certificadas pelo Inmetro e podemos afirmar que a redução de tempo é muito significativa. Uma certificação que poderia demorar até três meses, agora pode ser realizada em no máximo 48 horas, dependendo do grau de dificuldade dos testes físicos que devem ser aplicados', conclui Barone.