Entre janeiro e dezembro de 2015, o trabalho da Sabesp flagrou 543 casos de furto de água nas nove cidades da região metropolitana da Baixada Santista. A Companhia mantém um setor especializado no combate às fraudes aplicadas ao sistema de abastecimento de água, que monitora o histórico de consumo dos imóveis e realizam vistorias aleatórias.
Estima-se que os fraudadores furtaram 24,6 milhões de litros de água potável no ano passado, volume suficiente para abastecer 338 pessoas durante um ano. “É um trabalho contínuo desenvolvido pela companhia, mas que depende muito da conscientização e contribuição da população. As denúncias aumentam a probabilidade de serem confirmados os indícios de irregularidade”, explica o gerente do Departamento de Gestão e Desenvolvimento Operacional da Sabesp na Baixada Santista, engenheiro Andrenandes Sincerré Gonçalves.
No último dia 21 de dezembro, por exemplo, foi registrado boletim de ocorrência diante de uma irregularidade em estabelecimento comercial localizado no bairro Ponta da Praia, em Santos. A suspeita que o consumo no imóvel não estaria compatível às características comerciais exercidas foi confirmada. Foram desviados em 12 meses, cerca de 1,6 milhão de litros, equivalente a R$ 15,6 mil. O responsável pela fraude responde por crime de furto e pode pegar até oito anos de detenção; além disso, terá que pagar retroativamente à Sabesp a tarifa sobre a água furtada e o esgoto coletado.
As equipes de caça-fraude atuam em parceria com a Secretaria Estadual de Segurança Pública. A empresa de saneamento realiza operações conjuntas com a polícia nos casos em que o fraudador impede a fiscalização e para prender os infratores. Do total de fraudes identificadas em 2015, 429 casos foram detectados em residências, 74 em estabelecimentos comerciais e outros 40 em imóveis de uso misto e indústrias.
A pessoa que furta água não se preocupa com o desperdício e, inclusive, pode prejudicar o abastecimento da casa vizinha ou do bairro. Por isso, é fundamental que a população denuncie o infrator pelo 0800 055 0195 ou pelo Disque-Denúncia (181). O denunciante não precisa se identificar e a ligação é gratuita.
