O petróleo se manteve em baixa, nesta terça-feira, e atingiu sua menor cotação no fechamento em Nova York em 12 anos, após bater menos de US$ 30.
O barril do "light sweet crude" (WTI) para fevereiro caiu 97 centavos, a US$ 30,44. Os dados foram anunciados com um atraso de 45 minutos, devido a um problema técnico.
Em Londres, o barril do Brent, também para fevereiro, perdeu 69 centavos, a US$ 30,86. Este é seu menor preço desde abril de 2004.
Pouco antes do fechamento, o WTI ficou abaixo dos US$ 30, a US$ 29,93, a primeira vez desde dezembro de 2003.
Os preços tentaram subir no início da sessão desta terça, mas depois caíram, o mesmo acontecendo em Londres.
Em 2015, os preços caíram mais de 30%.
"O mercado continua sob pressão por causa do iminente retorno do petróleo do Irã", após a suspensão das sanções por seu programa nuclear, comentou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.
Ainda segundo ele, ninguém espera que a Organização dos Estados Produtores de Petróleo (Opep) tome medidas para conter o excesso de demanda mundial da commodity.
Dominada pela Arábia Saudita, maior produtor mundial, e por outras monarquias do Golfo Pérsico, a Opep se absteve, no final de 2015, de estabelecer metas de produção.
Essa postura gera tensões dentro do próprio cartel. Membros como Equador e Venezuela precisam, imperiosamente, de uma alta dos preços, devido à profunda crise econômica em que se encontram. Têm pressionado sem sucesso.
Lipow lembrou ainda que a Nigéria, que preside a Opep, pediu uma reunião extraordinária para março, mas imediatamente depois os Emirados Árabes rejeitaram a ideia.