Pré-candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf deve gastar R$ 32 milhões em propaganda durante 2014. O dinheiro é oriundo das instituições Fiesp e Senai, onde ele é presidente.
Em 2013, Skaf foi protagonista de todas as peças publicitárias das instituições. Em 2012, a entidade, o Sesi e o Senai gastaram R$ 17 milhões com publicidade em valores corrigidos.
Para Skaf, não há problemas em protagonizar as peças. “Não posso ficar imobilizado como presidente da Fiesp”, justifica.
O PSDB já avisou que vai entrar na Justiça contra o pré-candidato, pois considera antecipação de propaganda eleitoral.
Skaf critica a postura. “Estranho muito essa atitude do PSDB. O bonito é ganhar a eleição na urna e no voto, e não por meio de medidas judiciais”.
Ele está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás apenas do tucano Geraldo Alckmin (PSDB).
Alckmin e a propaganda
De olho nas manifestações de junho passado e na investigação do cartel dos transportes, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP) está lançando uma campanha publicitária em rádio e TV.
As peças de propaganda, preparadas pelas agências Propeg, Lua Branca e Nova SB, mostrarão as obras do governo, principalmente em transporte e saúde.
Pesquisa concluída na última semana de novembro de 2013, indicava que a aprovação de Alckmin, que havia caído para 35%, chegou a 42%. [O mais recente levantamento do instituto Datafolha mostra que, se as eleições para o governo do Estado fossem em dezembro de 2013, Alckmin seria reeleito no primeiro turno, com 43% das intenções de voto -- o que significaria maioria absoluta de votos válidos.]
O objetivo é atingir 50% até o início da campanha à reeleição. Para isso, a verba de publicidade, que era de 100 milhões de reais, dobrou.
Entretanto os setores de comunicação do Palácio do Governo Paulista brecaram tudo.
A propaganda de Alckmin estagnou desde agosto de 2013 e os veículos não mais receberam peças do governo paulista e de empresas da administração (direta e indireta).
Alckmin já agiu assim no passado e tornou-se uma pessoa sem espaço na mídia para suas realizações. O que mais encontrava era seus problemas, seja na segurança, seja nas atitudes de distância política dos aliados.
O marketing de Alckmin está cada vez mais distante de realizações de sucesso, enquanto que o PT reforça a imagem de Padilha, apesar das escorregadas palacianas na indicação de Chioro para ocupar a vaga de Padilha no Ministério da Saúde.
Nesse passo, até mesmo Padilha, PT, poderá ganhar espaço e, talvez, dividir as intenções de voto com Skaf e chegar ao segundo turno com Alckmin.