Elétricos e híbridos fazem até 40 km/l e podem atingir mais de 320 km/h

 

Autos - 13/09/2013 - 08:45:16

 

Elétricos e híbridos fazem até 40 km/l e podem atingir mais de 320 km/h

 

Da Redação com Terra

Foto(s): AP / Reuters

 

BMW i3

BMW i3

Eles já foram sinônimo de discurso politicamente correto, ação de marketing e baixo desempenho. Mas as fabricantes apostaram nos veículos elétricos de tal maneira que eles ganharam potência, design e se transformaram em supercarros. A Porsche foi a primeira revelar sua aposta alternativa durante o salão do automóvel de Frankfurt: o 918 Spyder Concept é um híbrido que além de rodar 33,3 km/l no consumo combinado manteve os atributos de esportividade dos modelos da marca alemã. O carro vai de zero a 100 km/h em 3s2 e bate os 320 km/h de velocidade máxima. É claro que para tudo isso ele conta também com um V8 3.4 l a combustão, mas o motor elétrico é capaz de rodar sozinho por 25 km. 

Outra marca de tradição entre carros esportivos, a Mercedes-Benz, colocou sob os holofotes no evento alemão dois modelos que utilizam tecnologia que não emite gases. A Classe S-500 Plug-In Hybrid tem consumo combinado de 33,3 km/l e autonomia para rodar só com o propulsor elétrico por 30 km. Com a ajuda do motor a combustão o carro não perdeu performance e vai até os 250 km/h. O Classe B elétrico é totalmente livre de geração de energia por combustão. Ele roda até 200 km com seu motor elétrico e atinge velocidade máxima de 160 km/h. Segundo a Mercedes, o dono do carro demora cerca de duas horas para recarregá-lo em uma tomada 220V (a carga fornece autonomia de 100 km).

"Os motores a combustão continuarão conosco por um longo tempo, mas estamos olhando para a tecnologia elétrica e ela já é capaz de oferecer uma boa experiência (ao motorista)", disse Ola Kallenius, nada menos que o executivo-chefe da divisão esportiva da Mercedes, a AMG. Segundo ele, a marca trabalha com alguns "truques" para entregar a mesma sensação de performance que um motor V10 oferece ao motorista. "O som (produzido pelo motor elétrico) é diferente e isso é algo que o motorista se importa. Por isso, nós estamos realçando o som produzido pelo motor elétrico e até criando sons para que o motorista ouça mais o que o carro está fazendo".

Tanque de combustível é trocado por "tomada" no Fiat 500e Foto: Reuters
Tanque de combustível é trocado por "tomada" no Fiat 500e
Foto: Reuters

Agora em julho, o 500 elétrico fez sua estréia mundial, com vendas exclusivas na ecológica Califórnia. Quem gosta de um bom motor queimador de gasolina pode não se importar, mas notícias recentes dão conta de que toda a produção do Fiat 500e já está vendida até o final do ano na Califórnia.

Encomendas só para 2014. Depois de uma breve explicação de um engenheiro – dirigir um carro elétrico realmente é um pouco diferente – vamos para as pistas de testes com o marcador de “combustível”, digo de baterias, indicando 70% de carga. São 97 células de íons de lítio totalizando 24 kW·h, 364 volts, além de uma bateria auxiliar, para acessórios, de 12 V e 500 A·h.

Mesmo sendo mais pesado que um 500 convencional, o Fiat elétrico acelera rápido e quieto com seus 1.355 kg. Apesar do maior peso, a sensação ao dirigir é muito semelhante ao de um 500 normal: um carrinho ágil, estável e gostoso de dirigir. O 500 elétrico chega aos 100 km/h em cerca de 10 s e apenas se escuta um leve assovio do motor elétrico nas acelerações. Para alertar pedestres, pode-se ligar um ruído externo que imita o barulho de um carro convencional e funciona até os 32 km/h. 

Em favor da autonomia existem vários recursos aerodinâmicos (como spoilers), pneus de baixo atrito (aro 15) e a velocidade máxima é limitada a apenas 137 km/h. Dessa forma, se consegue rodar até mais de 160 km na cidade e no mínimo 130 km em estradas e cidades, segundo a Fiat. A potência equivalente em “cavalos” é de 111 cv.  

A BMW não elegeu o 435i Coupé - um lançamento e seu carro mais veloz exibido no salão - como sua estrela em Frankfurt. Os holofotes foram para os elétricos i3 e i8, que segundo a fabricante deverão ser exportados para o Brasil no ano que vem. A marca alemã deixou claro durante a apresentação de seus modelos elétricos que a performance e o design são diretamente ligados à aceitação deste tipo de veículo pelo público.

O i8, além do motor elétrico, é impulsionado por um motor a combustão 1.5 l turbo. A bateria que o faz rodar no modo elétrico gera 131 cavalos de potência, enquanto o propulsor a gasolina gera 231 cavalos. No modo elétrico, o esportivo roda até 35 km sem recarregar e atinge 120 km/h. O i8 tem consumo combinado (motores elétrico e a combustão) de 40 km/l. A custos de eletricidade na Alemanha, o motorista gastaria 3,75 euros (cerca de R$ 11,50) para cada 100 km rodados. O modelo leva até quatro ocupantes (embora os do banco de trás fiquem bem pouco confortáveis).

A Volkswagen transformou um dos veículos mais esportivos de sua gama em elétrico. O e-Golf, também lançado durante o salão, é totalmente movido a eletricidade e, de acordo com o preço do kWh na Alemanha, custa cerca de R$ 10 para o motorista em combustível a cada 100 km/h. Quanto ao desempenho, a versão elétrica faz de zero a 100 km/h em 10s4 e bate os 140 km/h de velocidade máxima. A autonomia da bateria é de 190 km. Além dele, o compacto up! também ganhou propulsor alternativo.

Fiat 500e

Fiat 500e

Volkswagen e-Golf

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