Após resistência, estivadores deixam navio e aguardam reunião em Santos

 

Litoral - 12/07/2013 - 18:43:24

 

Após resistência, estivadores deixam navio e aguardam reunião em Santos

 

Da Redação com agências

Foto(s): Lucas Baptista / Futura Press

 

Estivadores que invadiram o navio Maersk La Paz no porto de Santos, litoral de São Paulo, foram retirados nesta sexta-feira

Estivadores que invadiram o navio Maersk La Paz no porto de Santos, litoral de São Paulo, foram retirados nesta sexta-feira

A Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport) conseguiu por volta das 12h30 desta sexta-feira a retirada de manifestantes do Sindicato dos Estivadores de Santos, litoral de São Paulo, que invadiram o navio Maersk La Paz. A informação foi confirmada pela assessoria da imprensa. Cerca de dez estivadores ainda resistiam em deixar a embarcação no terminal da Embraport mesmo após a mesma ter conseguido uma liminar na Justiça que obrigava a saída imediata. O navio segue, "por questões de segurança", para outro terminal. 

Os sindicalistas, agora, aguardam a reunião prometida pela empresa para tentar ver atendidas as suas exigências. "Ficamos com dez trabalhadores lá com o objetivo de continuar em negociações, pois estão empurrando com a barriga. A reunião (desta sexta) segue marcada", disse João Carlos de Oliveira Ribeiro, Magal, segundo secretário do Sindicato. 

Um grupo de cerca de 70 estivadores invadiu o terminal da empresa na tarde de quinta-feira. De acordo com o último balanço divulgado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), sete das 29 embarcações atracadas ficaram paralisadas devido aos protestos.

A ocupação ocorreu através da travessia Santos-Guarujá. Para chegar até o terminal, manifestantes entraram como passageiros normais e invadiram três barcas e exigiram que os comandantes os levassem ao terminal. Eles se negaram e chamaram a Guarda Marítima. Após negociação, eles foram levados até o local.

A Embraport solicitou a presença da Polícia Federal e disse em nota repudiar "atos de violência e agressão". A empresa pediu que os manifestantes fizessem "uma desocupação pacífica" reiterando que está aberta para conversas com entidades sindicais e que, desde o início do ano, vem tentando insistentemente assinar um acordo, mas que esbarra em "intransigência" no regime de contratação oferecido. Os trabalhadores desejam garantias trabalhistas com base na nova Lei dos Portos.

Um oficial de Justiça chegou com uma liminar expedida pelo juiz do Tribunal Regional do Trabalho com a ordem para desocupação imediata sob multa de R$ 50 mil em caso de resistência. Os protestos dos cerca de mil estivadores durante a manhã de quarta-feira em Santos já havia prejudicado a operação de 13 navios no porto.

Greve geral

​Milhões de trabalhadores prometem cruzar os braços e paralisar serviços fundamentais como bancos, indústria, obras, transporte público e construção civil em várias cidades. Entre as entidades que aderiram a paralisação nacional estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), além do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da União Nacional dos Estudantes (UNE). 

Chamado pelos sindicatos de greve geral, o movimento - que pegou carona na onda de protestos que atingiu diversas cidades brasileiras em junho - é o quarto desse tipo em 190 anos, desde a Independência (7 de setembro de 1822). Em 2013, a novidade é a unificação dos sindicatos e movimentos sociais em uma pauta que cobra o avanço do Brasil. 

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