Protestos de centrais sindicais bloqueiam estradas e paralisam transportes

 

Nacional - 11/07/2013 - 14:19:58

 

Protestos de centrais sindicais bloqueiam estradas e paralisam transportes

 

Da Redação com EFE

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Em São Paulo, mais de mil motoboys se reuniram na Avenida Paulista para reivindicar melhores condições de trabalho.

Em São Paulo, mais de mil motoboys se reuniram na Avenida Paulista para reivindicar melhores condições de trabalho.

Várias estradas foram bloqueadas nesta quinta-feira e o transporte público foi paralisado em algumas cidades durante o chamado "Dia Nacional de Lutas", convocado pelos sindicatos para reivindicar melhorias trabalhistas.

Os manifestantes interromperam algumas operações em pólos industriais, refinarias e os acessos para alguns portos, inclusive o de Santos, o mais importante do país.

Em Belo Horizonte, metrô e ônibus, que são usados por mais de 200 mil pessoas todos os dias, foram paralisados temporariamente.

Em São Paulo, mais de mil motoboys se reuniram na Avenida Paulista para reivindicar melhores condições de trabalho.

Além disso, o Movimento dos Sem-Terra (MST) ocupou parte da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Brasília para reivindicar que o governo retome a reforma agrária, que segundo eles está paralisada.

Em Salvador, os bancos não abriram as portas e algumas escolas também ficaram fechadas.

Os manifestantes, em sua maioria carregando bandeiras de sindicatos e partidos políticos de esquerda, bloquearam 11 estradas em cinco estados desde o começo do dia, incluindo a Via Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo.

Entre as vias bloqueadas também se destacam as que ligam São Paulo às cidades do interior do estado e a que dá acesso ao porto de Santos, o maior terminal marítimo da América Latina.

O Dia Nacional de Lutas foi convocado pelos sindicatos para apresentar as reivindicações dos trabalhadores e se soma aos protestos por melhores serviços públicos que ocorreram no país nas três últimas semanas de junho.

A jornada de protestos desta quinta-feira teve uma ampla adesão em São José dos Campos, onde funcionários de empresas como a General Motors bloquearam a Via Dutra e devem marchar pela rodovia.

Apesar das manifestações e das paralisações parciais em todo o país, as próprias centrais sindicais descartaram uma greve geral, por considerarem que a atual conjuntura trabalhista, com baixo desemprego, não a justifica.

O Dia Nacional de Lutas foi convocado no final de junho pelas principais centrais sindicais do país, incluindo Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).

As centrais consideram que uma grande mobilização nacional poderá reforçar a posição dos sindicatos nas negociações com o governo.

As principais reivindicações dos sindicatos são a redução da jornada de trabalho para até 40 horas semanais, a modificação de uma lei que reduz as pensões dos que se aposentam prematuramente e o pedido para arquivar um projeto de lei que permite que as empresas ampliem o número de trabalhadores terceirizados.

Alguns sindicatos também reivindicam medidas para reduzir a inflação, considerada como a principal preocupação dos trabalhadores atualmente, e exigem maiores investimentos públicos em educação, saúde e transporte.

O Dia Nacional de Lutas, no entanto, divide os próprios sindicalistas entre aqueles que apoiam a presidente Dilma Rousseff e aqueles que acusam o governo de não atender as reivindicações dos trabalhadores.

A CUT alegou que as manifestações apenas buscam apresentar a "agenda de reivindicações" da classe trabalhadora "em um momento particular vivido pela Nação".

A Força Sindical, por outro lado, exige a saída do ministro da Fazenda Guido Mantega por uma política econômica que, na sua opinião, permitiu que a inflação corroesse o salário dos trabalhadores.

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