Vaiada pelo público que lotou o Estádio Nacional Mané Garrincha ao anunciar o início da Copa das Confederações, a presidente da República, Dilma Rousseff, assistiu à estreia brasileira - vitória por 3 a 0 sobre o Japão - entre o presidente da CBF e do COL, José Maria Marin, e o mandatário da Fifa, Joseph Blatter.
A composição da tribuna de honra da evitou uma saia-justa para Marin, que tenta se aproximar de Dilma desde que assumiu o cargo. A presidente nunca recebeu o mandatário para uma reunião particular, mas vê uma recente aproximação do chefe da CBF com lideranças petistas.
Na última sexta-feira, Marin foi condecorado pelo governado do Distrito Federal, Agnelo Queiróz, e no começo da semana participou de homenagem a Joseph Blatter na Câmara com presença de muitos petistas. Neste sábado, existia a expectativa de que, ao aparecer publicamente ao lado de Dilma, o relacionamento seria menos protocolar do que das últimas ocasiões.
Antes do jogo, Marin teve pouco contato com a presidente. O cartola chegou ao Estádio Mané Garrincha por volta das 12h (de Brasília) para recepcionar os presidentes de federações e clubes, convidados para a abertura com todas as contas pagas. Dilma entrou na sala vip quando faltavam apenas 35 minutos para o início da partida, depois de encerrada a cerimônia de abertura.
Os dois logo se prepararam, ao lado de Blatter, para o discurso que antecedeu a entrada dos times em campo. Enquanto Dilma e o presidente eram vaiados, Marin, ao lado da presidente, não apareceu em nenhum momento no telão do estádio e escapou das vaias.