Poder com resposnabilidade

 

Opinião - 24/05/2013 - 20:31:51

 

Poder com resposnabilidade

 

Vicente Barone * .

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação e foi professor de Marketing para 3º e 4º graus.

Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação e foi professor de Marketing para 3º e 4º graus.

O país passa por um processo de crise de responsabilidade. 

Atitudes que, normalmente, vemos praticado por crianças, parecem ter se tornado um meio de justificativa para alguns que estão ou estiveram no poder.

A criança quando “apronta alguma arte”, e é repreendida, na maioria das vezes age de forma dissimulada e tenta culpar outra pessoa ou uma situação adversa ao seu controle.

Quem tem filhos sabe muito bem o que estou dizendo.

Entretanto, apesar de crescerem, aqueles que atingem o poder muitas vezes se utilizam desse subterfúgio para justificar seus erros, discursos, ações e atitudes.

Quem não se lembra de Marta Suplicy, quando investida no cargo de ministra do turismo, dizer para aqueles que não conseguiam embarcar para suas viagens. “Já que é inevitável, relaxa e goza”.

Durante o escândalo do mensalão o que mais se ouviu foram desculpas sobre a situação (dissimulação) ou então tentando colocar a culpa de tudo em outro(s). O próprio ex-presidente Lula disse que: “Não sei de nada”, mesmo tendo seu gabinete próximo ao de José Dirceu.

O ex-presidente Lula é um dos maiores exemplos que podemos demonstrar. Quando sua secretária particular, em São Paulo, utilizou-se de tráfico de influência para conseguir empregos e benefícios pessoais e para terceiros ele disse a mesma coisa, ou seja, “Não sei de nada”. 

Um certo figurão da política paulista é um campeão nessas situações. Ser dissimulado deve ser uma característica básica e, quando é pego, diz que não tem nada a ver com sua pessoa. Alguém se lembra dos casos das contas recheadas de dólares no exterior em nome de políticos que depois negaram que seriam suas?

Todas essas notícias foram amplamente divulgadas na imprensa e algumas se tornaram bordões em programas de humor.

As atitudes também são preocupantes, tanto nas crianças como naqules que atingem o poder. Podemos dar como exemplo a cidade de São Bernardo e seu atual governante, Luiz Marinho. Esse jornal sempre teve uma posição independente e publicou matérias à favor e contra atitudes de seu governo, entretanto para efeito de liberação de anúncios, somente os de chapa branca, em sua maioria nem jornais reconhecidos são, recebem altas verbas do poder municipal.

Atitudes de tentar calar a imprensa, também é um fato, que como nas crianças, tentam minimizar o prejuízo. As crianças quando fazem algo errado e são pegas tentam calar aquele que viu com suborno ou com ameaças. Na vida real não é muito diferente. Os juízos estão lotados de ações de pedidos de iindenização sob a alegação de danos morais.  Nos casos onde há uma mídia e alguém que ocupou cargo público, o fato é para tentar calar aquele que investiga atingindo, no caso das mídias regionais, onde mais dói, o bolso.

Caso a denúncia não seja bem lastreada e documentada, mesmo havendo verdade, aquela mídia poderá sofrer abalos que chegam a obrigar ao fechamento. Entretanto, a experiência e o profissionalismo são a mãe e o pai da prudência. Meu velho pai dizia “Macaco velho não mete a mão em cumbuca”, mas alguns poderosos não se atentam para isso, pois acham que estão acima de tudo e de todos, e meu pai estava certo em gênero, número e grau.

Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação e foi professor de Marketing para 3º e 4º graus.​

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