Obama pede que cortes sejam detidos devido à aproximação de nova crise

 

Internacional - 03/03/2013 - 22:58:12

 

Obama pede que cortes sejam detidos devido à aproximação de nova crise

 

Da Redação com EFE

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu neste sábado que o Congresso trabalhe com ele para alcançar um acordo que detenha parte dos cortes orçamentários

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu neste sábado que o Congresso trabalhe com ele para alcançar um acordo que detenha parte dos cortes orçamentários

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu neste sábado que o Congresso trabalhe com ele para alcançar um acordo que detenha parte dos cortes orçamentários que entraram em vigor na sexta-feira, no momento em que o país se aproxima de uma nova crise, que poderia provocar um fechamento parcial do governo.

Horas após emitir uma ordem que autoriza o início de cortes no gasto público de US$ 85 bilhões, aplicados progressivamente até 1º de outubro, Obama pediu aos republicanos com os quais não alcançou um acordo na sexta-feira para que revertam a situação antes de todas as medidas entrarem em vigor.

"Quanto mais tempo estes cortes ficarem em vigor, maior será o prejuízo", advertiu Obama em sua tradicional mensagem de rádio dos sábados. "Sigo achando que podemos substituir estes cortes com um enfoque equilibrado", afirmou. "Há um grupo (no Congresso) com bom senso. E vou seguir conversando com eles para regular isto definitivamente", acrescentou.

O líder assegurou que os cortes "já começaram a causar prejuízo em comunidades de todo o país" e afirmou mais uma vez que eles significarão a perda de 750 mil empregos e a redução de meio ponto percentual no crescimento do país.

O impacto mais imediato será sentido no Pentágono, que no total sofrerá uma redução de 13% em seu orçamento, enquanto o restante dos programas não relacionados com defesa terá cortes de cerca de 9%, de acordo com estimativa do Gabinete de Gestão e Orçamento (OMB) da Casa Branca.

"A partir desta semana, empreendimentos que trabalham com as Forças Armadas terão que despedir pessoas, as comunidades próximas a bases militares sofrerão um duro golpe e centenas de milhares de americanos que servem ao seu país, agentes fronteiriços, do FBI e do Departamento de Defesa verão seus salários diminuídos e seus horários reduzidos", explicou Obama.

O Pentágono já informou aos seus 8 mil empregados que haverá cortes de horas e salários e a médio prazo será necessário começar o cancelamento da manutenção de parte da frota de navios e aviões.

"Isto vai causar um efeito dominó na economia. Os negócios sofrerão porque os clientes terão menos dinheiro para pagar", disse.

Apesar da insistência de Obama, o líder republicano John Boehner, presidente da Câmara dos Representantes, afirmou na sexta-feira que em sua opinião o debate sobre o assunto "terminou".

A congressista republicana Cathy McMorris Rodgers expressou a mesma ideia hoje. Para ela, os cortes foram implementados "porque o presidente e os democratas do Congresso não atuaram" para evitá-los.

"O presidente tem que deixar de usar este debate como uma desculpa para aumentar os impostos e começar a aproveitar esta oportunidade de cortar a despesa", afirmou Cathy McMorris em sua resposta ao discurso de Obama.

Enquanto agências federais e empresas privadas se preocupam com a maneira como os cortes as afetarão, o país começou a debater hoje a crise orçamentária que irá surgir se não for alcançado nenhum acordo até 27 de maio, quando se esgotam boa parte dos fundos federais, o que poderia levar a um fechamento parcial do governo.

É nessa data que caduca uma medida orçamentária temporária assinada por Obama em 28 de setembro do ano passado e que disponibilizava US$ 524 bilhões para financiar as atividades do governo nos seis meses seguintes, diante da ausência de consenso no Congresso para autorizar um orçamento a longo prazo.

Boehner se comprometeu na sexta-feira a trabalhar para garantir o financiamento do governo para o resto do ano fiscal e evitar que milhares de funcionários federais devam suspender temporariamente seus trabalhos por falta de fundos.

O governo americano teve que fechar por falta de fundos em 1981, 1984 e 1990, mas os múltiplos fechamentos parciais ou totais entre 1995 e 1996, sob a presidência de Bill Clinton, foram os mais drásticos na história recente, segundo observadores.

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