G20: nações mais pobres são esperança para crise, diz relatório

 

Internacional - 03/11/2011 - 19:53:00

 

G20: nações mais pobres são esperança para crise, diz relatório

 

Da Redação com Reuters

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Thiam afirmou que o Painel para o Investimento em Infraestrutura do G20, que ele preside, tem pelo menos parte da resposta.

Thiam afirmou que o Painel para o Investimento em Infraestrutura do G20, que ele preside, tem pelo menos parte da resposta.

Reformas simples eliminariam grande parte do risco de investir nos países pobres, liberando bilhões de dólares de dinheiro contido e fornecendo um impulso bem-vindo para a economia mundial, segundo um relatório que será apresentado na cúpula do G20 nesta semana.

Tidjane Thiam, organizador do relatório, acredita que líderes mundiais aprovarão um plano para impulsionar o investimento em infraestrutura em países em desenvolvimento que inclui a reforma do Banco Mundial e seus pares regionais, mas não atinge os contribuintes.

"Precisamos de crescimento. Não vamos sair dessa apenas com a redução dos déficits", disse antes de ir para a cúpula em Cannes.

"Em um momento era importante convencer todos de que precisávamos cortar déficits, e chegamos lá, mas agora todo mundo está pensando qual é a mensagem positiva disso e como é que vamos tirar as pessoas dessa situação pensando apenas em cortes e cortes?"

Thiam afirmou que o Painel para o Investimento em Infraestrutura do G20, que ele preside, tem pelo menos parte da resposta.

As nações ricas podem não estar gerando muitas novas riquezas no momento, mas possuem trilhões de dólares de riqueza acumulada, estão ganhando poucos retornos e não estão fazendo muita coisa para promover uma recuperação econômica global.

"Não há rendimento neste mundo, nenhum rendimento em qualquer lugar, e não vai haver por um bom tempo", disse Thiam, em uma entrevista em seu escritório em Londres na semana passada.

Gastos em infraestrutura nos países mais pobres, no entanto, historicamente geram retornos. Eles também ajudam a liberar potencial de crescimento, aumentando ainda mais a rentabilidade e criando um ciclo virtuoso de investimentos.

Remover grande parte do elemento de risco é parte da receita para um relacionamento altamente rentável, mutuamente benéfico entre as economias mais e menos desenvolvidas do mundo, acreditam Thiam e seus colegas do painel.

O painel deve publicar seu relatório na cúpula do G20 esta semana.

Entenda
No auge da crise de crédito, que se agravou em 2008, a saúde financeira dos bancos no mundo inteiro foi colocada à prova. Os problemas em operações de financiamento imobiliário nos Estados Unidos geraram bilhões em perdas e o sistema bancário não encontrou mais onde emprestar dinheiro. Para diminuir os efeitos da recessão, os países aumentaram os gastos públicos, ampliando as dívidas além dos tetos nacionais. Mas o estímulo não foi suficiente para elevar os Produtos Internos Brutos (PIB) a ponto de garantir o pagamento das contas.

A primeira a entrar em colapso foi a Grécia, cuja dívida pública alcançou 340,227 bilhões de euros em 2010, o que corresponde a 148,6% do PIB. Com a luz amarela acesa, as economias de outros países da região foram inspecionadas mais rigorosamente. Portugal e Irlanda chamaram atenção por conta da fragilidade econômica. No entanto, o fraco crescimento econômico e o aumento da dívida pública na região já atingem grandes economias, como Itália (120% do PIB) e Espanha.

Um fundo de ajuda foi criado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu (BCE), com influência da Alemanha, país da região com maior solidez econômica. Contudo, para ter acesso aos pacotes de resgates, as nações precisam se adaptar a rígidas condições impostas pelo FMI. A Grécia foi a primeira a aceitar e viu manifestações contra os cortes de empregos públicos, programas sociais e aumentos de impostos.

Os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público - de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) - no último dia 16 de maio. Na ocasião, o Tesouro usou ajustes de contabilidade, assim como receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando normalmente. O governo, então, passou por um longo período de negociações para elevar o teto. O acordo veio só perto do final do prazo (2 de agosto) para evitar uma moratória e prevê um corte de gastos na ordem de US$ 2,4 trilhões (R$ 3,7 trilhões). Mesmo assim, a agência Standard & Poor's retirou a nota máxima (AAA) da dívida americana.

Thiam afirmou que o Painel para o Investimento em Infraestrutura do G20, que ele preside, tem pelo menos parte da resposta.

Thiam afirmou que o Painel para o Investimento em Infraestrutura do G20, que ele preside, tem pelo menos parte da resposta.

Thiam afirmou que o Painel para o Investimento em Infraestrutura do G20, que ele preside, tem pelo menos parte da resposta.

Thiam afirmou que o Painel para o Investimento em Infraestrutura do G20, que ele preside, tem pelo menos parte da resposta.

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