O novo lateral direito do São Paulo esbanjou confiança em sua primeira entrevista vestindo a camisa tricolor. Vice-campeão da Copa América pela seleção do Paraguai, Ivan Piris retornou ao futebol brasileiro falando um bom português e certo de que poderá se tornar o melhor marcador sul-americano, embora tenha como modelo um jogador muito mais ofensivo: Daniel Alves, do Barcelona.
Destaque do Cerro Porteño na campanha que levou a equipe de Assunção à semifinal da Copa Libertadores da América deste ano, Piris chamou a atenção, também, por fazer boas marcações sobre o santista Neymar no torneio. O jogador, aliás, se apoia na raça paraguaia para fazer sucesso no Brasil.
"Sou um jogador que corre muito e que tem características defensivas. Marco muito bem", promoveu-se Piris, em sua chegada ao São Paulo. "Já acho que sou um dos melhores nesse quesito na América do Sul, mas vou trabalhar dia a dia para ser o melhor. Sabemos que o jogador paraguaio tem a garra que muitos não têm. Aqui no clube, acho que vou seguir evoluindo também na minha passagem ao ataque", acrescentou.
Embora queira ser um dos principais marcadores do São Paulo e assumir a titularidade da lateral direita da equipe, atualmente de posse do improvisado volante Jean, Piris tem como modelo um dos principais atletas da posição no futebol europeu: o ofensivo Daniel Alves, brasileiro dono da camisa 2 do Barcelona, da Espanha.
"Na atualidade gosto muito de Daniel Alves, que está jogando no Barcelona. Ele é um espelho muito bonito para mim", disse Piris, que citou outros brasileiros da posição. "É uma satisfação vir para um país com tantos laterais, como também o Maicon e o próprio Cicinho, que já jogou aqui no São Paulo. O povo do Paraguai está muito feliz por mim, eles sabem que vou crescer aqui futebolisticamente", orgulhou-se.

Piris surpreendeu ao responder às perguntas em sua entrevista com um bom português, confundindo-se apenas nas conjugações verbais, mas tratando sempre de se autocorrigir quando soltava alguma palavra em castelhano. O bom nível do jogador no idioma falado no Brasil, inclusive, tem uma explicação.
"Morei em São Paulo três meses quando era mais novo, mas me lembro de algumas palavras. Joguei pelo Juventude, mas numa filial aqui na cidade", contou Piris, que não conseguiu ficar mais tempo no Brasil. "Eu tinha apenas 12 anos, voltei porque senti muita falta da minha família. Um empresário que me trouxe, mas eu era muito pequenino", contou o paraguaio, que em todos os momentos insistiu em exaltar a felicidade por poder atuar no futebol profissional brasileiro.