Participando de um debate junto com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e o ministro do desenvolvimento, Fernando Pimentel, no Fórum Econômico Mundial para a América Latina, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que o Brasil precisa diminuir o número de siglas partidárias. Para ele, essa é a principal medida a ser adotada na reforma política.
"Quando você tem mais de 30 partidos, não tem mais de 30 ideologias. A fragmentação é ruim para o processo democrático. Dificulta a governabilidade", afirmou. Segundo ele, a melhor forma de combater isso é através da proibição da coligação proporcional, que elege representantes pouco votados através dos votos de uma outra pessoa da mesma sigla.
Alckmin também pregou o voto distrital, o que, segundo ele, geraria eleições mais baratas e colocaria os candidatos mais próximos de seus eleitores. Por fim, o governador afirmou que tornaria o voto facultativo no Brasil.
O tucano afirmou ainda que não vê o seu partido abalado após a debandada de vereadores de São Paulo, que abandonaram a legenda. "Sou extremamente otimista em relação ao PSDB. O partido foi bem, nosso candidato foi para o segundo turno, foi o partido que mais elegeu governadores. Temos a terceira bancada. É natural que sofra quem está na oposição com esse modelo de poder governista, onde só se elege quem está no poder", afirmou.