Especial Eleições 2010
A versão anunciada pelo PT de que o contador Antonio Carlos Atella Ferreira não se filiou ao partido, sob o argumento de que seu nome havia sido grafado de forma incorreta, foi contestada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).
De acordo com certidão assinada pela chefe do cartório da 183ª Zona Eleitoral, da Comarca de Ribeirão Pires (SP) - atual domicílio eleitoral de Atella -, Fabiana L. Gonzalez Mendes, o contador possui registro de filiação com data de 20/10/2003.
Conforme o TRE-SP, na ocasião, a legenda comunicou a filiação à Justiça Eleitoral em Mauá, onde Atella votava. Em 10/04/2006, o contador transferiu o título de eleitor para o município de Ribeirão Pires. Segundo a assessoria de comunicação do TRE, o dado não foi atualizado pelo partido, o que resultou, em 21/11/2009, na exclusão da anotação de filiação.
Em síntese, o procedimento só foi realizado porque o sistema do Tribunal Superior Eleitoral detectou "divergências de informações". O tribunal destaca que a exclusão não significa desfiliação, o que só pode ser feito pelo partido.
Acrescenta ainda que, em nenhum momento, houve solicitação para que o contador fosse desfiliado e que o nome dele aparecia nos registros com a grafia correta.
Nota contestada
Numa nota pública na sexta-feira, 3, o PT de São Paulo negou que o contador Antonio Carlos Atella Ferreira tenha sido filiado ao partido, sob o argumento de que "o seu nome foi grafado de forma incorreta, encaminhando-se, em decorrência disso, aos órgãos competentes da Justiça Eleitoral, o pedido de registro de filiação em nome de "Antônio Carlos 'Atelka' Ferreira".
Acrescentou, no documento, o presidente estadual petista, Edinho Silva: "Em decorrência de não existir compatibilidade entre o nome constante do pedido de registro de filiação e os documentos eleitorais firmados em nome de ANTÔNIO CARLOS ATELLA FERREIRA, a Justiça Eleitoral deixou de efetivar o registro da filiação".
