Dois ministros israelenses se declararam nesta quinta-feira contrários à criação de uma comissão internacional de investigação sobre a operação de comandos da Marinha israelense contra uma flotilha que levava ajuda humanitária a Gaza, na qual morreram nove pessoas.
"Àqueles que pedem que seja criada uma comissão internacional de investigação precisamos responder que Israel é um Estado democrático independente e não uma república das bananas", disse o vice-primeiro-ministro encarregado de Assuntos Estratégicos, Moshé Yaalon, em declarações a uma rádio.
"Nós mesmos somos capazes de investigar, de tirar as lições e de aplicá-las. Mas durante este processo não temos que nos entregar à autoflagelação", acrescentou.
O ministro das Finanças, Yuval Steinitz, também rejeitou a ideia de uma investigação internacional e propôs, em troca, que a Comissão de Defesa e de Relações Exteriores do Parlamento israelense forme uma "comissão de investigação".
Steinitz admitiu, entretanto, que Israel, "por razões táticas", poderá ser "infelizmente obrigado" a encarar outra solução, ressaltando que não está envolvido nas discussões sobre a questão entre dirigentes israelenses e americanos.
A rádio militar e os jornais Yediot Aharonot e Maariv asseguraram que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu negocia com os Estados Unidos a formação de uma comissão que deverá ter sua composição aceita por Washington.