O presidente do Ibama, Abelardo Bayma, assinou na segunda-feira memorando oficial em que proíbe os servidores do órgão de falar em público e ameaçou punir quem desobedecer a determinação. A medida foi considerada como "lei da mordaça" pelos representantes dos funcionários, que estão em greve há 50 dias.
No documento, o presidente proíbe servidores de "ministrar palestras, conceder entrevistas, participar de workshop ou algo similar", "sob pena de medidas disciplinares pertinentes". A paralisação se estende a outros órgãos do Ministério do Meio Ambiente e, segundo o sindicato, tem a adesão de cerca de 3,4 mil funcionários. Em nota, o Ibama nega que a medida seja motivada pela greve. De acordo com o órgão, ela apenas estabelece um "alinhamento administrativo", determinando que o servidor "observe a hierarquia e o estrito respeito às atribuições legais do Ibama".