O ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse em nota ontem, segunda-feira, que se "penitencia" e pede desculpas pelas forma "intempestiva" como tratou jornalistas durante uma coletiva na semana passada, no Rio de Janeiro. No evento, o ministro se exaltou ao comentar acusações de que recursos de sua pasta teriam sido usados para a produção de um folheto que estimularia o voto em parlamentares ligados ao setor. Ele chamou a impresa e a oposição de "mentirosos".
Em nota à impresa, o ministro afirma que foi desrespeitado por um jornalista durante a coletiva, que teria feito, em vez de questionamentos, "acusações reiteradas, embaladas na forma de pergunta". Ferreira afirma o ataque à imprensa surgiu como um ato de defesa.
"Desrespeitado, retruquei. Fui, entretanto, infeliz na minha manifestação. Esta passou a impressão de que eu estava generalizando minha indignação para com a imprensa toda. Deixo claro: não tive qualquer intenção de generalizar, e nem generalizei. Não é esta a opinião que tenho sobre esta instituição...", diz a nota.
Sobre as acusações da produção de folderes com intuito de fazer campanha eleitoral e uso do dinheiro público, o ministro disse que o panfleto foi distribuído no dia 5 de novembro e que não gerou qualquer tipo de manifestação na época. E afirma em nota: "o folder foi usado como pretexto para não discutir um projeto que, indiscutivelmente, vai beneficiar milhões de brasileiros - o Vale-Cultura".