Citado na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), disse neste domingo estar sendo "vítima" de adversários políticos que buscariam "manchar o trabalho sério e bem sucedido" de sua gestão. Em nota, também assinada pelo vice-governador Paulo Octavio, Arruda diz estar "tranquilo" por ser inocente, mas não apresenta justificativas para as imagens, gravadas pelo então secretário de Relações Institucionais da gestão do político democrata, Durval Barbosa.
Investigado pelos policiais federais por suspeitas de desvio de recursos, Arruda aparece em um vídeo recebendo maços de dinheiro e os guardando em uma sacola. Para a PF, o caso demonstra o pagamento de parlamentares da base aliada na Câmara Legislativa de Brasília.
Réu em quase 30 processos, Barbosa denunciou o esquema por conta da delação premiada, acordo feito com a Justiça para diminuição de pena em uma eventual condenação judicial.
"Ainda perplexos pelo ato de torpe vilania de que fomos vítimas por parte de alguém que, até recentemente, se mostrava um colaborador, vimos externar à população do Distrito Federal nossa indignação pela trama de que estamos sendo vítimas, engendrada por adversários políticos, valendo-se de pessoa que, à busca das benesses da delação premiada, por atos que praticou nos oito anos do governo anterior, urdiu, de forma capciosa e premeditada, versão mentirosa dos fatos para tentar manchar o trabalho sério e bem sucedido que tem sido feito pela nossa administração", disse a nota de Arruda e do vice-governador.
"Queremos dizer que estamos tranquilos, porque sabemos de nossa inocência, e confiamos no sereno e isento trabalho da Justiça de nosso País, onde a verdade sempre acaba se afirmando", dizem os políticos na nota, criticando ainda condenações antecipadas por conta das denúncias.
"Repelimos os açodados juízos que, muito mais que atingir o princípio constitucional da presunção de inocência, colocam em risco a soberania da verdade democrática", afirmaram.