Tarso diz que há viés fascista em pressão por Battisti

 

Nacional - 20/11/2009 - 08:46:34

 

Tarso diz que há viés fascista em pressão por Battisti

 

Da Redação com Agência Estado

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou na quinta-feira que há influências fascistas na pressão de setores do governo da Itália para a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti. "A Itália não é um país nazista nem fascista, mas vem sendo constatado um crescimento preocupante do fascismo em parte da população italiana", disse Tarso. "O fascismo vem ganhando força inclusive em setores do governo", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na terceira sessão de julgamento sobre a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti, na quarta-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, desempatou o placar da votação, que até então estava quatro votos a quatro, e autorizou a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti ao país de origem. No mesmo dia, em uma segunda votação, o Supremo decidiu também que a decisão final sobre o caso será do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O entendimento dos ministros é que o STF não julgou o mérito da extradição, mas apenas sua legalidade. Portanto, a decisão de entregar ou não o ex-ativista à Itália é do Executivo.

De acordo com a reportagem, Tarso disse que há uma tendência do governo brasileiro de de manter Battisti no País por razões "humanitárias e políticas". Contudo, o ministro afirmou que a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o caso será solitária e soberana.

Battisti, ex-ativista do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), foi condenado à prisão perpétua na Itália em 1983 por supostamente ter coordenado o assassinato de quatro pessoas entre 1977 e 1979. Ele foi preso em março de 2007 no Rio de Janeiro e o governo italiano pediu sua extradição em maio do mesmo ano. Sob o argumento de "fundado temor de perseguição", o ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu status de refugiado político ao italiano em janeiro. O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) havia dado parecer contrário ao refúgio.

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