A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou, neste domingo, no II Colóquio "O PT e os Movimentos Sociais", em São Paulo, que é um preconceito contra a mulher as críticas sobre suas participações em inaugurações de obras pelo País. "Eu não caí do céu e cheguei lá na Casa Civil. Estou lá desde junho de 2005 e algumas obras eu participei diretamente, em outras indiretamente", disse. "É um preconceito contra a mulher isso. Eu posso ir para a cozinha cozinhar o projeto e, na hora de servir na sala, nem (posso) ver."
Dilma lembrou ainda que trabalhou na elaboração dos quatro projetos de lei do pré-sal e que sofreu com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Eu participei, eu ajudei a fazer, e agora eu não posso ir olhar. Eu não posso participar da inauguração?", questionou.
O presidente do PT, Ricardo Berzoini, afirmou, na abertura do Colóquio, que 49 movimentos sociais participaram dos debates. Questionada sobre a sua posição sobre os últimos acontecimentos envolvendo o Movimento do Trabalhadores Sem Terra (MST), Dilma disse que respeita e mantém o diálogo.
"Não concordamos com a tradição conservadora do País de tratar o movimento social como caso de polícia. Eles fazem parte da democracia brasileira", afirmou. "Só que tem uma coisa: governo é governo e movimento social é movimento social. Eles trabalham com problemáticas diferentes."
