A destruição de pés de laranja protagonizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em uma fazenda do Estado de São Paulo é um espinho para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo afirma o jornal espanhol El País.
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A matéria cita a repercussão negativa que o caso teve na opinião pública e reproduz críticas de políticos, como as feitas pelo governador do Estado de São Paulo, José Serra.
De acordo com o El País, as ações do MST, que cobra a aceleração da reforma agrária prometida por Lula, prejudicam o presidente. O movimento, segundo o jornal, prestou uma enorme contribuição à eleição de Lula em 2003.
A publicação diz que o governo faz doações de milhões de Reais ao movimento, mas não leva adiante a reforma agrária, nos moldes propostos pelo MST, sob a desculpa de que não é adequada aos critérios modernos de agricultura.
De acordo com o periódico, Lula necessitará da ajuda dos movimentos sociais para conseguir eleger a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à presidência do País. O bom relacionamento que o presidente tem com o empresariado é prejudicado cada vez que o MST entra em uma fazenda produtiva.
A situação se complica à medida que 80% da sociedade apóia a política neoliberal do atual governo e rechaça as ações do movimento esquerdistas, que já foi o maior da América Latina, segundo afirma o El País.
