A ex-secretária Lina Vieira disse em depoimento a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na terça-feira, 18, que aceita ser colocada frente a frente com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, caso a ministra aceite comparecer ao Senado para prestar esclarecimentos.
Embora tenha reafirmado que teve um encontro com Dilma no qual ela pediu para que fosse dada agilidade a uma investigação conduzida contra Fernando Sarney - filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) -, Lina afirma não ter se sentido pressionada com a fala da ministra.
"Não me senti pressionada, fui ao gabinete, ela me pediu que desse agilidade. Interpretei que era para dar um andamento célere, resolver as pendências e acelerar investigação", disse.
Questionada sobre a mudança no regime tributário da Petrobras considerado suspeito e que ocorreu durante sua gestão, Lina se recusou a responder. "Só queria falar sobre o assunto para o qual fui convidada, não gostaria de tecer nenhum comentário sobre a Petrobras", afirmou.
A ex-secretária garantiu não ter nenhuma "mágoa" ou "ressentimento" com o governo por ter sido destituída da secretaria da receita por entender que cargos desta natureza estão sujeitos a mudanças constantemente.