Pela primeira vez, os artistas Cezar e Paulinho, Gian e Giovani e Sérgio Reis vão dividir o mesmo palco durante um encontro imperdível, batizado de 100% Sertanejo. A ideia surgiu de um bate-papo informal entre os cantores com o simples objetivo de fazer o que amam juntos. Além disso, será uma oportunidade certa de diversão e troca de experiências entre esses sertanejos movidos pelo instinto musical. Após “ajeitar” as respectivas agendas repletas de compromissos a data da apresentação está marcada para o dia 19/07. O local escolhido foi a Estância Alto da Serra, um verdadeiro complexo de entretenimento especializado em música country.
A praia dessa turma é 100% música sertaneja, o que inclui tanto as tradicionais modas de viola quanto as canções da nova geração. O repertório desse show será bem eclético, com versões exclusivas, integrando os três artistas de maneira surpreendente.
Esse encontro realmente promete uma mistura inusitada: o romantismo de Gian e Giovani com a irreverência de Cezar e Paulinho somados à história única do Serjão.
O jornal @HORA fez uma promoção com seus leitores em parceria com a produtora Sunshine. Na edição de ontem, aqueles que ligassem para a redação cantando um trecho de "um sucesso de Sérgio Reis que tem um menino e algo que abre na música" iriam concorrer ao sorteio de um par de ingressos para o show.
Nosso sistema de comunicação ficou lotado. Havia espera de até cinco minutos.
Com mais de sete mil ligações até às 18:00 horas de ontem, realizou-se o sorteio e os felizardos foram Edison Motta e Eva Mendes Riguera de São Bernardo do Campo. Os vencedores deverão retirar os convites na entrada do show.
Vale a pena assistir este show!
Show 100% Sertanejo
Direção Artística: Paulo Trevisan
Direção Geral: Augusto Canô
Dia: 19/07 (domingo)
Local: Estância Alto da Serra
Horário: 17h00
Rua Nevio Carlone, 03 - Riacho Grande (Km 33 Est. Velha de Santos)
São Bernardo do Campo/SP
Tel. (11) 4101-5000
GIAN & GIOVANI
MUITAS HISTÓRIAS PARA CONTAR E CANTAR
Vez por outra os verdadeiros artistas, aqueles que têm história pra contar fazem um retrospecto da trajetória. Chega a vez de GIAN & GIOVANI. A dupla, natural de Franca (SP) estréiam na Gravadora Atração com UMA HISTÓRIA DE SUCESSO, 15º CD (e segundo DVD) da carreira. Produzido por Gian, Giovani, Nil Bernardes e Antonio Luiz, foi gravado ao vivo na Barragem Edgard de Souza, em Santana do Parnaíba, em maio último. Acompanhados por sua banda, GIAN & GIOVANI relembram doze clássicos do repertório e mostram duas inéditas, Dou a Cara Pra Bater (Tivas/Giuliano), sucesso nas rádios de todo o país, e Vai Pescar, Moçada (André/Uriel).
O repertório de sucessos é de primeira linha. Faz de Conta (L’Italiano) é versão de Carlos Colla para a canção de Cristiano Minellono e Salvatore Cutugno. Eu Busco Uma Estrela é versão dos próprios GIAN & GIOVANI para Yo Busco Una Estrella, de Rick Orozco e Miguel Spindola. Taça de Pranto (Pinóchio), que fez muito sucesso, volta a emocionar o público na pungente interpretação da dupla. Outra canção que marcou época é Roupa de Lua-de-Mel (Carlos Randall/Dimarco). Entre o Beijo e a Boca (Rick/Alexandre) é mais um grande hit relembrado por GIAN & GIOVANI, assim como Peão de Vitrine (Randley Teixeira). A dupla relembra também Te Amo (versão de Aloysio Reis e Biafra para Ti Amo, de Franco de Vita, gravada em português originalmente por Biafra) e duas de suas canções mais conhecidas, Nem Dormindo Consigo Te Esquecer (Cesar Augusto) e O Grande Amor da Minha Vida (Convite de Casamento) (Jefferson Farias/Nino).
GIAN & GIOVANI recebem como convidados Chitãozinho & Xororó em Página de Amigos (Alexandre/Rick), o grupo Inimigos da HP em Bons Momentos (Valtinho Jota/Helder Celso/Andrea Amadeu) e uma das mais populares duplas da novíssima geração, César Menotti & Fabiano, em Caçador de Corações (Mário Maranhão/ Jefferson Farias).
UMA HISTÓRIA DE SUCESSO. Eis o título perfeito para esse novo e tão especial trabalho de GIAN & GIOVANI. Histórias para contar eles têm, e muitas. E sucesso é algo que não lhes falta!
CÉZAR & PAULINHO
“Companheiro é Companheiro”
Disco após disco, CÉZAR & PAULINHO trazem canções que invariavelmente se transformam em sucesso graças à sempre eficiente escolha de repertório e ao talento dos intérpretes. Estréiam na Gravadora Atração com o álbum COMPANHEIRO É COMPANHEIRO, o 23º de uma bem sucedida carreira que começou em 1974. Sebastião Cezar Franco e Paulo Roberto Franco nasceram em Piracicaba (SP). Filhos de Craveiro, integrante da dupla Craveiro e Cravinho, cresceram ao som da melhor música sertaneja. O caminho não poderia ser outro. Depois de cantar em rádios da cidade natal, chegaram ao primeiro disco apadrinhados pela dupla João Mineiro & Marciano. Logo se tornaram populares em todo o Brasil.
O novo CD, produzido por Cézar, Nil Bernardes e Antonio Luiz, foi gravado nos estúdios Gravodisc (SP), casa da música sertaneja. Os arranjos são de Marco Pontes, o Caixote, e Gabriel Jacob. No repertório, treze temas, sendo onze inéditos e duas regravações. São canções românticas alternadas com autênticos ‘limpa-banco’ que animam qualquer festa. Faltou Coragem (Antonio Luiz/Nil Bernardes/Cecílio Nena) abre o disco em clima romântico. A seguir, O Dono da Felicidade (César Augusto/Antonio Luiz/Juno), country com levada irresistível, que vai agradar os fãs da dupla. Tem um delicioso sabor de Jovem Guarda. Companheiro é Companheiro (Jovelino Lopes/Mauro Fagotti/Cézar), que dá título ao CD, fala de lealdade e amizade sincera. Traz como característica a descontração típica de sucessos anteriores de CÉZAR & PAULINHO como Pé de Bode e Nóis é Xiqui no Úrtimo. O refrão vai pegar, na certa. Certos e Errados (Cézar/Zezito/Júnior) é outra bela canção romântica, com interpretação emocionada da dupla. O batidão Vida Boa (Neldon Farias) fala do quanto é simples viver com alegria. CÉZAR & PAULINHO fazem bonita homenagem aos padrinhos artísticos João Mineiro & Marciano e ao amigo Moacyr Franco na regravação de Seu Amor Ainda é Tudo, clássico da dupla escrito pelo cantor, compositor e humorista.
Ai Nóis Bebe (Delucca/Lucian) é um ‘limpa-banco’ com o bom humor como característica. A seguir, outra bela regravação: Eu Juro, versão de Demian para I Swear, de Frank Joseph Myers e Gary Baker, hit de John Michael Montgomery e do grupo Little Texas gravado em português por Leandro & Leonardo. Logo depois, outra dançante e divertida, Briga Mas Não Larga (Maracaí), que fala dos perigos de se ter mulher bonita… O Menino (Antonio Luiz/Elias Muniz) conta a história de um garoto que lutou para vencer na vida e conseguiu seus objetivos. O vanerão O Povo Canta Comigo (Cézar/Craveiro) leva invariavelmente qualquer platéia a cair na dança. O xote Na Pegada (Êta Mulher Boa) tem participação especial de Xanddy, do Harmonia do Samba, autor da canção. Fechando o repertório, outro ‘limpa-banco’, Toca Cézar e Paulinho (Cacá Morais/Lucca Ferreira, constatação do sucesso popular da dupla.
CÉZAR & PAULINHO sabem como agradar públicos de todas as idades. Diversão, alegria, boa música? É com eles mesmos!
SÉRGIO REIS
A verdadeira face do Brasil
As 16 faixas de Coração Estradeiro mostram o cantor de volta às paixões e alegrias da vida do campo e das estradas, com convidados como Dominguinhos e Roberta Miranda.
Numa de suas primeiras oportunidades de gravar, ainda em 1960, Sérgio Reis cantou uma versão de “Lana”, de Roy Orbison. A escolha não é estranha – Sérgio é como aqueles grandes ídolos da música americana que partiram das raízes da música country para inventar um novo gênero pop(ular). O arrojo de Sérgio já tinha ficado claro antes, em 1958, quando, aos 16 anos, já se arriscava na estréia na TV cantando a “Conceição” imortalizada por Cauby.
A Sérgio é familiar tanto o Brasil urbano quanto as infinitas extensões rurais, mas a sua trajetória foi inversa. Seu primeiro grande sucesso, em 1967, foi a inesquecível “Coração de Papel”, de sua própria autoria, no auge do iê-iê-iê. Foi em 1973, excursionando por todo o Brasil, que Sérgio acabou ouvindo aquela música que o marcaria – e marcaria a cultura do país – para sempre. No interior de Minas ele ouviu uma dupla local cantar “O Menino da Porteira”, que seria o carro-chefe de seu primeiro álbum sertanejo, mas também a música que levou a legítima expressão brasileira a tocar nas rádios FM.
Esse é o grande papel de Sérgio Reis na música brasileira – deixar claro o bom-gosto e a comunicabilidade universal que há na cultura de raiz. O próprio Tinoco, da tradicionalíssima dupla Tonico e Tinoco, diz com todas as letras que o estouro de Serjão foi o ponto de virada para a música sertaneja, assim como duplas modernas (Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano) reconhecem essa influência com simpatia e amizade. O Menino da Porteira também foi o primeiro dos três filmes de Sérgio Reis, em 1976 (os outros foram Mágoa de Boiadeiro e O Filho Adotivo), e as várias telenovelas que se seguiram culminaram com o sucesso de Pantanal e O Rei do Gado – a mais antiga foi Paraíso, de 1982, e a mais recente Bicho do Mato, 2006. O cantor (ou cantador, como se costuma dizer na roça), após 5 anos sem gravar um CD de inéditas está de volta às paradas com Coração Estradeiro, o 54º CD da carreira.
Por uma dessas coincidências, o disco sai do forno na mesma época em que os fãs assistem o cantor novamente em cena como ator, na reprise de Pantanal – que vem sendo reexibida, em horário nobre, pelo SBT, após 18 anos de sua estréia. Quem não se lembra das afinadas cantorias que seu personagem, o peão Tibério, emendava com o misterioso, Trindade, vivido pelo colega de paixões violeiras Almir Sater? Por sinal, COMITIVA ESPERANÇA, assinada por Almir e Paulo Simões – uma das músicas mais lembradas da novela –, é o tempero a mais no caldeirão musical de Sérgio, com novo arranjo.
Mas o teletema está longe de ser o único atrativo no novo álbum de Sérgio Reis. As outras 15 faixas têm o mesmo efeito de fazer o ouvinte viajar por recantos como fazendas, beiras de rio, plantações ou então se embalar nos arrasta-pés caipiras. Basta ter, como insinua o próprio nome do álbum, o CORAÇÃO ESTRADEIRO. A faixa-título, que abre o trabalho, é uma justa homenagem que Serjão presta aos motoristas que acompanham seu programa Siga Bem Caminhoneiro, que chega a 220 rádios do país. Sérgio bem sabe que são as estradas e seus motoristas que dão uma unidade a este país tão grande e diverso.
A outra regravação do álbum é TRISTE BERRANTE, uma crônica clássica do Brasil em transformação que o violeiro Adauto Santos (1940-1999) deixou de herança para os aficionados das canções com cheiro de mato, e que Sérgio interpreta como quem carrega uma gota de lágrima na voz – como legítima testemunha dessa mudança que a faixa narra.
É na seara da alegria que entra em cena um convidado para lá de especial, outro desses grandes artistas para quem a cidade e o campo são só dois aspectos de uma mesma cultura: Dominguinhos, apadrinhado por Gonzagão desde menino e escolhido por para ser seu sucessor no trono de Rei do Baião. O músico não deixa por menos e faz jus ao título em HOJE NINGUÉM FICA SÓ, primeira parceria dele com Sérgio Reis – além de Nando Cordel, com quem Dominguinhos já assinou canções que já viraram clássicos da MPB.
Claro que qualquer arrasta-pé que se preze tem que abrir espaço para o encanto feminino. E Serjão reafirma isso, a plenos pulmões, em TÁ SOBRANDO MUIÉ (M. Pires-Mario Venturini). Mas as epopéias entoadas por Serjão vão cada vez mais sertão adentro. A saga pode começar com QUEM EU SOU, criação de seu filho e produtor Marco Bavini (com Marcus Ardanuy). A levada da música remete aos temas dos festivais dos anos 60, sensação que se estende a ÁGUA DO RIO (de Serjão e Ringo), canto de amor ingênuo e, ao mesmo tempo, avassalador do homem do campo. "Ai, água de rio/ leva essa dor do peito meu/ quero a alegria de sermos só ela e eu/ ainda tenho comigo a fé que esse amor não morreu", canta o apaixonado em questão, parecendo que seu pranto ajuda a aumentar ainda mais a correnteza que vai pelo leito fluvial. O romance soa forte também em AMOR ETERNO (Ângela Márcia), em que a paixão também se funde e se confunde com os elementos da natureza.
Outro mergulho pelas coisas do interior traz Serjão em boa companhia: em TERRA GENUÍNA, ele cruza acordes com Roberta Miranda, autora da bela toada e cantando como nunca, num elogio à "terra pisada e acariciada pelos pés". Tributos igualmente justos para o estilo de vida do interior são ÔH... VIOLA ILUMINADA (Valdir Luz-Bruna Klein) e MEU LEGADO (Dirley Melo). A sanfona volta a dar o tom, só que num tom nostálgico, nas palavras de QUANDO A SANFONA TOCA, que remete quem ouve aos confins onde a trilha sonora são as modas caipiras, o barulho da cachoeira, o tanger do gado e o ranger da porteira.
Sérgio Reis é assim: mesmo como personagem central do disco, ele vai ajudando a contar, na forma de verso e canção, a epopéia do bravo sertanejo. É o que faz, por exemplo, em HERÓI SEM MEDALHA (Sulino), que conta, com o auxílio luxuoso de Durval e Davi, a história de um lavrador que as contingências da vida obrigam a se mudar para a cidade e a trabalhar num matadouro. Um drama com começo, meio e fim, tal como muitos que enriquecem o rico cancioneiro caipira.
Mas, como ninguém é de ferro, não faltam provocações para a pura farra. Como a deliciosa BANDO DE VAGABUNDO (César Augusto-Paulo Sérgio). No mesmo pique, e na mais refinada ironia, vem VIDA DURA (Antonio Luiz-Cecílio Nena - Sérgio Pinheiro), sobre um sujeito que não suporta mais "sofrer" a bordo de jatinhos, carros importados, mansão, piscinas e outros "martírios".
O CD "Coração Estradeiro" traz, enfim, um feixe de 16 canções estalando de novas que calarão direto no peito de todo e qualquer amante da boa música brasileira, independentemente de considerações sobre gênero ou rótulos. E sem risco de errar o alvo. Afinal Serjão há pelo menos 35 anos colocou seu próprio coração para correr as estradas musicais deste país, que ele conhece como poucos.