O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), divulgou nota em seu blog, na sexta-feira, em resposta às afirmações feitas na sexta-feira pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sobre a crise no Senado. O senador comentou a posição do PT em relação à saída do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e disse que o partido recuou pensando na eleição.
"O Palácio do Planalto está obrigando a bancada do PT a mudar de posição, pensando na eleição de 2010 e nos imprescindíveis votos do PMDB para garantir a maioria na CPI da Petrobras e na CPI das ONGs", disse Agripino.
Na sexta-feira, a ministra Dilma Rousseff, disse que o DEM também tem que prestar sobre as irregularidades da Casa, já que há tempos o partido comanda a 1ª Secretaria do Senado. "Soube que os integrantes da 1ª Secretaria só foram do DEM e estranhamente o DEM pede o afastamento de Sarney", afirmou Dilma.
Agripino rebateu a afirmação dizendo que o compromisso da legenda é com uma "investigação isenta e acreditada, que garanta a recuperação da imagem e da credibilidade do Senado Federal" e completou que "na terça-feira, a bancada do PT no Senado anunciava posição semelhante à dos Democratas".
Em defesa de Sarney, Dilma observou que pelo prazo e pela quantidade de atos secretos descobertos no Senado, não seria possível que fossem praticados por uma pessoa apenas. Segundo ela, há no Brasil uma prática de jogar pessoas aos leões na tentativa de solucionar questões éticas.
Sarney tem sido acusado de uma série de irregularidades, sendo a principal delas o envolvimento nos atos secretos do Senado, que foram usados para nomear parentes e aliados em gabinetes de senadores. DEM, PSDB e PDT já pediram publicamente o afastamento de Sarney. PT e PMDB apoiam sua permanência.