O PSDB e o mapa de Lula

 

Opinião - 01/07/2009 - 15:33:55

 

O PSDB e o mapa de Lula

*José Aníbal é líder do PSDB na Câmara dos Deputados.

 

José Aníbal * .

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Ao ser fundado, há exatos 21 anos, o PSDB escolheu como seu principal atributo a coragem. Já na sua criação, os fundadores – figuras grandiosas como Franco Montoro, Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, José Richa – mostraram o seu desapego ao poder: saíram do PMDB, do governo federal e dos governos estaduais. Optaram, como disse Montoro na frase-símbolo dos tucanos, pelo partido que nasceria “perto do pulsar das ruas, longe das benesses do poder”.

Seis anos depois, o PSDB chegou ao poder de um País sem rumo. Com extrema coragem, buscou uma solução ousada, moderna e criativa para enfrentar a inflação e estabilizar a economia. Os projetos do Plano Real e da implantação da nova moeda foram medidas democraticamente negociadas com o Congresso. Não houve surpresas na calada da noite nem sequestros de depósitos bancários. O projeto do Real vingou, a despeito da selvagem oposição que recebeu dos petistas.

Mesmo com todos esses obstáculos, a condição de vida do brasileiro melhorou como nunca. O trabalhador passou a usufruir de bens de consumo que antes não acessava, os orçamentos domésticos passaram a ser previsíveis, com a moeda estável. A criação da rede de proteção social do governo federal possibilitou a adoção de programas sociais para beneficiar os que viviam abaixo da linha da pobreza – o Bolsa Escola, o Vale Gás, o Bolsa Alimentação. Com a implantação do Plano Real e a moeda Real, o Brasil se tornou um País de credibilidade no concerto das nações.

No poder, o PSDB enfrentou o pior quadrante do pós-guerra, conviveu com várias crises econômicas no mundo. A crise do México começou junto com o governo Fernando Henrique e fez o Brasil perder US$ 1 bilhão por dia. Em 1997, a crise dos tigres asiáticos nos afetou duramente. No ano seguinte, a crise da Rússia. Em 2000, pipocou a bolha da internet. Em 2001, a crise da Argentina e, logo após, a crise dos ataques terroristas do Onze de Setembro.

Internamente, em 2001, a prolongada estiagem ocasionou dificuldades no fornecimento de energia, que logo foram administradas. Em 2002, veio a “crise Lula” – a que poderia não ter sido. Candidato à Presidência, Lula pregava uma radical mudança da economia. Como agora sabemos, era tudo cascata. Ao eleger-se, seguiu a receita do Plano Real, esquecendo as promessas incendiárias. Deu sorte duas vezes: assumiu um País com economia sólida e pegou o período de maior calmaria do mercado mundial no pós-guerra.

Nunca é fácil enfrentar uma crise econômica mundial. Mas hoje, quando completamos 15 anos da instituição da moeda Real, temos a estabilidade e um mapa, a despeito da tola gabolice oficial. Assustado quando a crise atual sobreveio, Lula correu ao cofre e pegou novamente o mapa deixado pelo governo Fernando Henrique, que vacinou a economia contra as grandes crises. A única crise do Governo Lula nos afetou, mas não tanto, porque o Brasil está vacinado pela coragem e descortino do governo de um partido que cumpriu seus compromissos com o Brasil – o PSDB.

*José Aníbal é líder do PSDB na Câmara dos Deputados. Contato: mailto://dep.joseanibal@camara.gov.br

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