Em reunião realizada nesta terça-feira, a cúpula do PSDB escolheu os nomes do partido que deverão fazer parte da CPI da Petrobras e decidiu entrar no embate contra o governo para conseguir a relatoria ou a presidência da comissão. Diante da informação de que a base estaria se articulando para ocupar os dois cargos considerados estratégicos dentro de uma CPI, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), ressaltou que o partido vai tentar um acordo tendo como base o princípio do rodízio, prevendo a relatoria da comissão para o último partido que presidiu uma CPI e vice-versa.
Além disso, o líder tentará argumentar com a base aliada que foi o PSDB quem sugeriu a criação da CPI, portanto, seria mais justo que a legenda ocupe uma das duas vagas. Se não houver acordo, os tucanos pretendem partir para o embate, até porque a base precisará do apoio do PSDB para votar as medidas provisórias que trancam a pauta do Senado.
"Vamos sentar para negociar desarmados, sem desrespeitar a Petrobras. (...) Prefiro acreditar em um acordo, temos MPs trancando a pauta", disse o líder. "Tratorar a oposição é um péssimo começo", alertou o tucano Alvaro Dias.
Além de Dias, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e o presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), são os indicados pela legenda para ocupar as vagas da oposição na CPI, que tem direito a três cadeiras titulares. O PT se reuniu nesta terça-feira com partidos da base aliada, mas ainda não chegou a um consenso sobre o assunto.
