Priorizando a intenção de eleger o próximo presidente do País, o Diretório Nacional do PT aprovou nesta sexta-feira uma resolução que proíbe que sejam lançadas candidaturas nos Estados até fevereiro de 2010, quando o partido de reúne para o Congresso Nacional do PT e formaliza seu apoio à candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef.
Em nota divulgada, o partido deixa claro que "a tática para as eleições de 2010 será orientada para a vitória na eleição presidencial, submetendo a ela todos os processos estaduais". Até fevereiro do ano que vem fica proibida a realização de prévias ou de qualquer outro tipo de processo estadual de escolha pelo voto.
"Queremos que fique claro que nossa absoluta prioridade é a eleição nacional", disse o presidente do PT, Ricardo Berzoini. A preocupação do partido é que alguma alinça fechada de forma repentina inviabilize o apoio de partidos da base aliada - em especial do PMDB - considerado por muitos como o partido primordial para que Dilma saia vitoriosa das próximas eleições.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, o ministro da Justiça, Tarso Genro, sinalizou que quer ser candidato a governador e isso, de alguma forma, pode vir a desagradar o PMDB. Berzoini, no entanto, minimiza a preocupação em torno do apoio do partido. "(A preocupção) não é com o PMDB, na verdade, queremos aliança com todos os partidos", disse.
Apesar de ter sido dito que a reunião de hoje seria para o PT reiterar em nota seu apoio à candidatura de Dilma, o partido disse que o nome dela só será formalizado em 2010. Mesmo assim, Berzoini assegurou que não existe, hoje, na legenda nenhum outro nome para concorrer com a ministra. "Não há porque ficar reiterando sobre algo que ainda não foi deliberado. Há uma grande convergência hoje em torno do nome da Dilma, tão grande que você não vê ninguém que queira se lançar. Em 2002 o (senador Eduardo) Suplicy disputou as prévias com o presidente Lula, hoje não tem isso", afirmou.