Dados das seis maiores regiões metropolitanas do Brasil mostram que a crise financeira devolveu 563 mil pessoas às classes D e E. As informações estão na edição de domingo do jornal "O Estado de S.Paulo".
Em janeiro, a classe C, formada por quem tem renda familiar entre R$ 1.100 e R$ 4.800, teve uma reversão abrupta no crescimento. Entre janeiro de 2003 e dezembro de 2008, o crescimento da classe C foi de 43% para 53,8%. Em janeiro, este índice recuou para 52,6%, de acordo com dados do pesquisador Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas, publicados pelo jornal.
Os dados são referentes às regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife. Somando-se as calasses A e B à C, a redução nessas regiões chega a 765 mil, e é igual ao aumento das calsses pobres, a D e a E.
De acordo com o "Estadão", a ameaça ao crescimento da classe média é reforçada por cálculos do pesquisador Ricardo Paes de Barros, do Instituto de Pequisa Econômica, o Ipea, que indicam que a crise tende a atingir as pessoas mais educadas do País.